O percentual representa 1,25 milhão de lares, contra 1,55 milhão liderados pelos homens. No Brasil, a média é de 49,1% de mulheres como responsáveis. O maior percentual foi em Pernambuco (53,9%) e o menor em Rondônia (44,3%). No total, SC tem 2,8 milhões de domicílios particulares ou unidades domésticas, dos quais 1315 são considerados improvisados.
No estado, aumentou o percentual de casas com responsável sem a presença de cônjuge. O índice subiu de 28,8% para 35,8% (1 milhão de domicílios), na comparação com o censo anterior, mas se manteve como o menor do país, que teve média de 41,9%.
O estado também segue com a menor proporção do país de casas com responsável sem cônjuge, de casal separado, e com filhos. O indicador teve queda de 12,4% para 12,1%, representando 340 mil famílias. O percentual de casas em que o responsável é mulher, sem marido e com ao menos um filho foi de 10,2%, em 286,9 mil domicílios, abaixo da média nacional (14,2%).
Os dados mostram que a maior parte dos responsáveis pela casa (39,2%) tem idade entre 40 e 59 anos, que cuidam de 1,1 milhão de lares catarinenses. A taxa segue a média nacional, com 40% na mesma faixa de idade. Em seguida, vem o grupo de 25 a 39 anos, respondendo por quase 30% das famílias, taxa acima da média nacional para a faixa, que foi de 27%.
No retrato por cor ou raça, 76,9% dos responsáveis pelos lares em SC são brancos, comandando 2,2 milhões de domicílios. Em seguida, vêm pessoas pardas (18,2%). Pretos são 4,4% dos responsáveis, enquanto 0,2% são amarelos e outros 0,2% são indígenas. No Brasil, 43,8% dos responsáveis são pardos, 43,5% são brancos e 11,7% são pretos. Amarelos e indígenas têm taxa de 0,5% cada.
Casais sem filhos
Por outro lado, cresceu o número de lares com casais sem filhos, sendo um dos parceiros o responsável pela casa, com SC liderando o percentual nacional. A taxa passou de 19,6% para 24,8%, representando um salto de 392 mil para 697,4 mil domicílios de 2010 a 2022. No Brasil, a taxa foi de 20,2%, com o menor resultado no Amapá (13,1%).
Também teve crescimento expressivo o total de lares com responsável e cônjuge do mesmo sexo. A taxa passou de 0,10% (2010) para 0,65% (2022); o estado pulou de 10º para o 4º lugar. Em número de casas, o salto foi de duas mil para 18,4 mil entre os censos. No Brasil, a taxa é de 0,54%, com o maior percentual no Distrito Federal (0,76%).
De acordo com o IBGE, em Santa Catarina aumentou o percentual de domicílios unipessoais, aquelas casas com apenas um morador. O total quase dobrou, subindo de 227,1 mil, em 2010, para 505,6 mil, em 2022. Percentualmente, a alta foi de 11,4% para 18%.
Nos lares nucleares, aqueles com mais de uma pessoa, seja casal com ou sem filhos, ou o pai ou a mãe com o filho, houve redução no estado, de 71% para 67,5%. Ainda assim, Santa Catarina ficou em 2º lugar no país com esse tipo de família, abrangendo 1,9 milhão de lares, atrás apenas do Paraná, com taxa de 67,7%.
No estado, a maior parcela das casas – 31,9% – tem só dois moradores, somando 895,3 mil lares entre os 2,8 milhões domicílios. Do total, 18% têm só um morador e em 25,4% vivem três pessoas. Casas com seis ou mais moradores respondem por apenas 2,9% do total. No Brasil, a maior parcela (24,8%) é de casas com três moradores.