A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Saneamento, instaurada em Balneário Camboriú, entra na fase de oitivas de testemunhas. As sessões começam na próxima quinta-feira, às 14h. A CPI da Emasa investiga a ineficiência da Estação de Tratamento de Esgoto (Ete) do bairro Nova Esperança, gerida pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). Segundo o autor da CPI, vereador André Meirinho (PP), a operação inadequada da estação tem impactado a balneabilidade da praia Central.
O primeiro depoimento será do engenheiro ambiental Wagner Cleyton Fonseca, do Instituto do Meio Ambiente (Ima) de Santa Catarina, responsável por um relatório que descreveu a situação da Ete como ...
O primeiro depoimento será do engenheiro ambiental Wagner Cleyton Fonseca, do Instituto do Meio Ambiente (Ima) de Santa Catarina, responsável por um relatório que descreveu a situação da Ete como “catastrófica”. Ainda no dia 7, a bióloga Aline Petris, pesquisadora da qualidade da água no mar de Balneário Camboriú, também será ouvida pela comissão.
Meirinho comentou que, antes de a CPI ser instaurada, ele, o vereador Lucas Gotardo (Novo) e a atual prefeita, Juliana Pavan (PSD), que era vereadora na época, conversaram com Wagner durante uma visita ao Ima, onde ele detalhou a situação da estação. “O depoimento será fundamental para que a população entenda a real situação da ETE”, afirmou o vereador.
Nove testemunhas, incluindo servidores e ex-servidores da Emasa, devem depor ainda em novembro. Confira a lista completa:
Wagner Cleyton Fonseca, engenheiro ambiental do Instituto do Meio Ambiente
Aline Petris, bióloga e pesquisadora
- Carlos Haacke, ex-diretor-geral da Emasa
- Vinicius de Castro Oliveira, ex-gerente de expansão da Emasa
- Caio Cardinali, analista químico da Emasa
- Sérgio Juk, ex-diretor-técnico da Emasa
- Alexandre Guislote Motta, ex-diretor-técnico e atual diretor-geral da Emasa
- Ricardo Guido Barbieri, ex-gerente de operações da Emasa
- Douglas Costa Beber Rocha, ex-diretor-geral da Emasa
As investigações da CPI começaram em junho de 2024. Além do funcionamento da Ete do bairro Nova Esperança, a comissão analisa a responsabilidade da Emasa no despejo de esgoto in natura no rio Camboriú. Em fevereiro de 2024, o Ministério Público acionou a justiça para que a Emasa cumprisse o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em dezembro de 2022.
Meirinho também acusa a prefeitura de Balneário Camboriú de usar recursos da Emasa para outras áreas. Segundo ele, mais de R$ 100 milhões foram transferidos nos últimos anos, o que teria levado o governo a solicitar um empréstimo à Câmara para cobrir o déficit.
O presidente da CPI é o vereador Anderson Santos (PL) e Gelson Rodrigues o relator.