O sábado, véspera da eleição municipal de 6 de outubro, está sendo marcado por duas ações judiciais envolvendo os principais candidatos à prefeitura de Balneário Camboriú. A coligação do PL, de Peeter Grando, solicitou à justiça eleitoral uma investigação sobre um suposto esquema de caixa dois envolvendo Juliana Pavan (PSD), candidata em Balneário Camboriú, e Leonel Pavan (PSD), candidato em Camboriú, através do lobista Glauco Piai.
Por sua vez, a coligação de Juliana Pavan pediu a prisão de Gabriel Castanheira, secretário de Segurança de Balneário Camboriú, por suposta interferência no processo eleitoral. Segundo o PSD, houve ...
Por sua vez, a coligação de Juliana Pavan pediu a prisão de Gabriel Castanheira, secretário de Segurança de Balneário Camboriú, por suposta interferência no processo eleitoral. Segundo o PSD, houve uso da guarda municipal para perseguição política contra os candidatos do partido, além de acusação de improbidade administrativa. Na representação, também foram denunciados o prefeito Fabrício Oliveira (PL), Peeter Grando (PL) e o vice David La Barrica. A coligação ainda solicitou à Polícia Federal a apuração do uso da guarda municipal no processo eleitoral.
O guarda municipal Kirsten, que estava presente na prisão de Glauco Piai, denunciou que a ação foi ordenada por Castanheira e Fabrício, com a intenção de prejudicar as campanhas de Juliana e Leonel Pavan.
Suspeita de caixa dois na campanha Pavan
A coligação do PL protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) pedindo que a justiça eleitoral investigue um esquema de caixa dois, após a Folha de S.Paulo divulgar denúncias de venda de contratos futuros das prefeituras de Balneário Camboriú e Camboriú em troca de recursos para as campanhas de Juliana e Leonel Pavan.
A ação inclui o pedido de quebra de sigilo dos envolvidos. A coligação do PL defende que, embora o processo seja lento, uma eventual decisão poderia resultar na cassação dos direitos políticos de Juliana Pavan e, caso ela seja eleita, na perda do mandato, o que poderia levar a novas eleições em Balneário Camboriú.
Entenda o caso
O empresário Glauco Piai, apontado como lobista, teve mensagens vazadas de seu celular, sugerindo um esquema de loteamento de contratos futuros das prefeituras de Balneário Camboriú e Camboriú. Segundo as denúncias, R$ 1,1 milhão teria sido transferido via Pix da Traccia Construtora, de Glauco, para as contas de Leonel Pavan e da Leone Construtora, que pertence à família Pavan.
Leonel Pavan alega que os valores referem-se à venda de um terreno e que as parcelas são pagas por Glauco desde o início do ano, mas ele não divulgou o valor das prestações nem os detalhes da negociação. Para Pavan, a prisão de Glauco Piai foi uma manobra política para prejudicar as campanhas dele e de sua filha.
Na sexta-feira, o guarda municipal Kirsten denunciou que a prisão de Piai teve motivação política, alegando que foi planejada por Gabriel Castanheira e Fabrício Oliveira. Ambos negaram as acusações ao DIARINHO, afirmando que Kirsten só fez essa denúncia por apoiar a campanha de Juliana Pavan.