Oriente Médio
Operação de repatriação de brasileiros no Líbano é adiada por causa de bombardeios
Governo federal informou que o adiamento é devido à necessidade de medidas adicionais de segurança no transporte terrestre até o aeroporto
Amanda Moser [editores@diarinho.com.br]
A operação de repatriação de brasileiros que estão no Líbano foi adiada. A Operação Raízes de Cedro, que teria o primeiro voo de Beirute, capital libanesa, ao Brasil nesta sexta-feira, foi postergada por falta de segurança.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a prorrogação é até que sejam encontradas medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que seguem em direção ao aeroporto de Beirute.
Na madrugada de sexta-feira, um ataque israelense atingiu as proximidades do aeroporto internacional da capital libanesa.
Informações sobre a nova data do primeiro voo ainda não foram divulgadas. Cerca de 220 brasileiros deveriam embarcar para o Brasil nesta sexta. O governo federal informou que a meta é repatriar pelo menos 500 brasileiros por semana. Idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas têm prioridade no embarque nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a embaixada brasileira no Líbano, cerca de 21 mil brasileiros vivem no país, e até a última terça-feira três mil solicitaram repatriação.
O território libanês tem sido alvo de ataques de Israel nos últimos dias. O governo israelense afirma que as intervenções são direcionadas ao grupo extremista Hezbollah, presente no Líbano. O Ministério da Saúde Libanês aponta que quase duas mil pessoas morreram nos bombardeios, sendo 127 crianças.
Entre as vítimas fatais do conflito estão dois adolescentes brasileiros e seus pais. Uma das vítimas é a catarinense Mirna Raef Nasser, de 16 anos, nascida em Balneário Camboriú. Ela se mudou para o Oriente Médio com um ano de idade.