REFORÇO NO SAMU
Serviço de motolâncias continua na promessa em Itajaí
Servidor da saúde reclama de demora na implantação do projeto, criado por lei ainda em 2023, e anunciado há dois meses
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Anunciado em agosto pelo governo estadual, o serviço de atendimento pré-hospitalar com motolâncias em Itajaí ainda não começou. A demora na implantação foi criticada por um servidor da saúde. Ele lembra que já foram três ofícios recebidos pelo município com datas para o início do serviço na cidade. A última data, em 1º de outubro, não se concretizou.
O servidor diz que a implantação das motolâncias é esperada desde abril de 2023, quando foi aprovada a lei municipal que criou o projeto, integrando as motos à frota pros atendimentos do Samu. “Um ano e seis meses depois para implementar o serviço e não conseguem”, criticou. Ele lembrou, ainda, que o projeto já conta com R$ 200 mil de emenda parlamentar, fora os investimentos da prefeitura.
Em Itajaí, o serviço prevê funcionamento com duas motos, equipadas com materiais de primeiros socorros, como desfibriladores, cilindro de oxigênio e suprimentos médicos. Cada motolância será pilotada por um técnico de enfermagem treinado para fazer o primeiro atendimento emergencial ao paciente, servindo como apoio das ambulâncias tradicionais do Samu no socorro pré-hospitalar.
O serviço já funciona em algumas cidades do estado, como medida pra dar mais rapidez e eficiência nos atendimentos de emergência, aumentando as chances de sobrevivência dos pacientes nos casos mais críticos. Na região, as motolâncias estão ativas em Itapema, implantadas neste ano, e em Balneário Camboriú, que estreou o serviço em 2022.
Nova previsão é que serviço inicie na próxima semana
A preparação para o início do serviço em Itajaí, após a autorização da Secretaria de Estado da Saúde, em agosto, passou pela compra das motos e treinamento das equipes com o curso de pilotagem defensiva. Ao DIARINHO, a secretaria informou na quinta-feira que as motolâncias de Itajaí estão prontas pra começar a atender.
A previsão é que a prestação do serviço inicie na próxima semana. “As motos já foram aprovadas com os equipamentos de primeiro socorros, os equipamentos de proteção individual (EPI) e a contratação de recursos humanos. No momento, só falta um documento ser incorporado ao banco de dados do CNES [Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde], que pode levar até três dias”, esclareceu.