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Os dados estão na prestação de contas dos candidatos junto à justiça eleitoral. Para o cargo de prefeito, os candidatos têm limite legal de gastos de R$ 2.087.202,77.

Os dados estão na prestação de contas dos candidatos junto à justiça eleitoral. Para o cargo de prefeito, os candidatos têm limite legal de gastos de R$ 2.087.202,77.

Até 18 de setembro, Juliana tinha na arrecadação R$ 1.272.000,00 (80% do total recebido) vindos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mais conhecido como Fundo Eleitoral ou “Fundão”.

A candidata foi quem mais recebeu dinheiro do fundo na comparação com os concorrentes em Balneário Camboriú. Foram R$ 1.172.000,00 repassados pela direção nacional do PSD e outros R$ 100 mil do MDB, que compõe a chapa na disputa em BC. Os outros recursos – R$ 310 mil – vieram de doações de pessoas físicas. A candidata já tem despesas contratadas de R$ 1,6 milhão, do qual R$ 455 mil já pagos.

O segundo na lista de arrecadação é de Peeter Grando (PL), com R$ 1.210.902,50 em recursos, dados até 17 de setembro. O candidato também é o segundo que mais recebeu dinheiro do “Fundão”: R$ 1 milhão, quase 83% do total recebido até o momento. Outros R$ 207 mil vieram de doações. Peeter tem despesas contratadas de R$ 1.427.038,80, das quais R$ 386,5 mil já pagas.

As outras campanhas são mais “modestas”. A candidata do PT, Marisa Zanoni, vem na 3ª posição das maiores receitas, com R$ 496.600,00 recebidos até 18 de setembro, sendo R$ 480 mil do Fundo Eleitoral. Outros R$ 16,6 mil vieram de doações de pessoas físicas. André Meirinho (PP), aparece em seguida, com R$ 373.902,00 arrecadados, dos quais R$ 332.500 do Fundo Eleitoral. Os dados são até 13 de setembro.

Sem dinheiro do Fundão

Na prestação de contas de Claudir Maciel (PSB) até 13 de setembro, última atualização da prestação de contas, o candidato não registrava recebimento de recursos do Fundo Eleitoral. As receitas somavam R$ 12.150,00, sendo a campanha “mais barata” na disputa à prefeitura. O valor é de recursos do próprio candidato. Claudir já pagou R$ 11.236 em despesas, entre o total de R$ 32.076 gastos contratados mas ainda não executados.

Novo agora usa verbas públicas

O candidato a prefeito Lucas Gotardo (Novo) tem a segunda campanha “mais barata” em BC. Conforme dados até 13 de setembro, ele recebeu R$ 169.876,30, sendo R$ 129.886,30 do Fundo Eleitoral e R$ 39.990,00 do Fundo Partidário.

O uso de recursos públicos nas campanhas eleitorais é uma mudança na diretriz do partido, que adotava discurso contra a utilização do Fundo Eleitoral. No início deste ano, a sigla aprovou o uso do Fundão nas eleições municipais deste ano, sob critérios como meritocracia.

Bilhões de grana pública

O fundo eleitoral aprovado pelo Congresso Nacional para 2024 é de R$ 4,9 bilhões, mais que o dobro reservado nas eleições de 2020. PL, PT e União Brasil tem a maiores fatias na distribuição dos recursos. O partido Novo recebe R$ 37,1 milhões, 0,75% do total. Os recursos do fundo vêm do orçamento público da União.  O Fundo Partidário, modelo mais antigo de financiamento de campanha, difere do “Fundão” pela origem dos recursos e formas de distribuição. O dinheiro vem de multas e penalidades aplicadas pela justiça eleitoral, doações de pessoas físicas e dotação orçamentária da União. O total deste ano é de R$ 1,2 bilhão.

Jair Renan recebe “pix” de R$ 135 mil do PL nacional pra campanha em BC

A candidatura de Jair Renan Bolsonaro (PL) a vereador em BC recebeu um “pix” de R$ 135.134,62 do diretório nacional do partido.

Além do reforço financeiro, que equivale a 90% do limite legal de gastos para o cargo, nessa quinta-feira Renan contou com o apoio presencial do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em ato de campanha.

Dos 20 candidatos do PL a vereador em BC, só Jair Renan, Vitor Forte e Marcos Brollo receberam esse valor do partido. Com dinheiro em caixa, o filho “zero quatro” de Bolsonaro deve intensificar a campanha, que vinha sendo tímida.

Até 11 de setembro, ele tinha recebido apenas R$ 2,3 mil, de recurso do diretório municipal, arrecadado a partir de doações particulares.

O dinheiro do diretório nacional vem do Fundo Especial ou “Fundão”, que é um fundo público destinado aos candidatos e partidos. Somando doações, até o momento Jair Renan recebeu R$ 142,5 mil em recursos e registra despesas de R$ 37,9 mil. O limite de gastos para vereador é de R$ 150.149,58.