Um empresário de 36 anos, morador de Itapema, foi preso na operação que cumpriu 31 ordens judiciais na manhã desta quarta-feira e desmantelou uma quadrilha especializada em roubo de cargas de cigarro. Ele foi capturado com uma arma de fogo, munições e R$ 112 mil em dinheiro em uma casa na rua 133, no centro de Itapema.

Segundo o delegado André Feltes, do Paraná, o empresário atuava no ramo de tabacaria e revendia os cigarros roubados em Santa Catarina. O sogro dele, morador de Navegantes, era o motorista que buscava ...

Segundo o delegado André Feltes, do Paraná, o empresário atuava no ramo de tabacaria e revendia os cigarros roubados em Santa Catarina. O sogro dele, morador de Navegantes, era o motorista que buscava as cargas roubadas.

Durante o cumprimento da ordem de prisão contra o sogro, uma mulher foi presa em flagrante com grande quantidade de cigarros contrabandeados, tanto eletrônicos quanto convencionais. Em Santa Catarina, a operação prendeu ainda outras duas pessoas em Balneário Barra do Sul.

A operação mobilizou cerca de 60 policiais para cumprir 12 mandados de prisão preventiva, 12 de busca e apreensão, e sete ordens de sequestro de veículos. Além de Santa Catarina, a operação também ocorreu em Telêmaco Borba e Ibiporã, no Paraná, e em Indaiatuba, São Paulo.

De acordo com o delegado, a investigação começou em abril deste ano, após a prisão de um dos suspeitos, que transportava uma carga de cigarros avaliada em meio milhão de reais. A investigação aponta que o grupo causou prejuízos de mais de R$ 4 milhões em 10 assaltos.

Assaltos violentos

A quadrilha monitorava a rotina dos funcionários das transportadoras para planejar os assaltos, que eram violentos e com uso de armas de fogo, mantendo as vítimas como reféns. O bando usava veículos com placas clonadas e emitia notas fiscais frias para disfarçar as cargas roubadas. “Eles utilizavam vans com placas falsas para realizar o transbordo dos cigarros e revendiam para um empresário de tabacarias em Santa Catarina”, explicou o delegado.

O empresário e o sogro responderão por receptação e associação criminosa. A mulher presa em flagrante responderá por receptação e crimes contra a relação de consumo, pois a Anvisa proíbe a venda de cigarros eletrônicos no Brasil.