O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com Silvio no Palácio do Planalto e o demitiu do cargo, por considerar a situação insustentável. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Silvio deve apresentar a defesa em 10 dias.
Por hora, o presidente Lula decidiu nomear a atual ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, como titular interina do Ministério dos Direitos Humanos. Dweck irá comandar as duas pastas, até que um ministro definitivo seja nomeado.
Segundo a Me Too, as vítimas foram ouvidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico. “Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a ONG, em nota oficial.
As denúncias vieram a público na última quinta-feira, inicialmente divulgadas pelo portal Metrópoles. No mesmo dia, Silvio Almeida negou as acusações e alegou que o caso se trata de difamação, e que “há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público”.
A ministra Anielle Franco se pronunciou sobre o caso através das redes sociais na sexta-feira, após divulgada a demissão. “Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, disse Franco.
A Ministra da Igualdade Racial afirmou que irá colaborar com as apurações sempre que for acionada, mas pediu que seu espaço e seu direito à privacidade fossem respeitados.