Conhecido em 2022 por aparecer em vídeo ensinando como torturar pessoas com uso de spray de pimenta, o policial rodoviário federal Ronaldo Braga Bandeira Junior, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, foi demitido da corporação. A exoneração foi assinada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ainda em julho.

A demissão não tem a ver com a o vídeo que gerou polêmica em 2022. Segundo a portaria, Ronaldo perdeu o cargo por ter participado de gerência de sociedade privada, o que se enquadra como ...

A demissão não tem a ver com a o vídeo que gerou polêmica em 2022. Segundo a portaria, Ronaldo perdeu o cargo por ter participado de gerência de sociedade privada, o que se enquadra como infração disciplinar. O policial já foi desligado da corporação em 25 de julho.

Antes da demissão, Ronaldo tinha sido suspenso por três meses em razão da gravação do vídeo em 2022. No vídeo ele aparece ensinando como usar a “técnica de câmara de gás” dentro de uma viatura com spray de pimenta contra pessoas detidas. A “aula” foi num cursinho preparatório para policiais e viralizou principalmente após a morte de Genivaldo do Santos, em Sergipe. O homem de 28 anos morreu asfixiado após ser trancado por policiais no porta-malas de uma viatura da PRF cheia de fumaça tóxica de gás lacrimogêneo. O caso foi em 25 de maio de 2022, com os três policiais demitidos em 2023 e aguardando julgamento na justiça.

O ex-policial afirmou nas redes sociais que foi surpreendido pelo processo. “Quando achei que tudo tivesse acabado e que, enfim, tudo estaria bem, fui surpreendido com a abertura de um processo de 2017/18 em que era acusado de gerência de empresa”, disse. Ele relatou que o processo foi reaberto após já ter sido absolvido. “Após muitas provas e diligências, havia sido também absolvido de forma ampla. Porém, após um pedido de reabertura (por qual motivo? Não sei!) conseguiram me demitir da instituição”, diz. Ele entrou com recurso da demissão.