PENHA
Morre o popular pescador Chiquinho do Passo Triste
Francisco João Pereira, que trabalhou na lendária pescados Krause, era considerado o mais ágil pescador de camarão de Penha
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A comunidade de Penha perdeu no sábado parte da história da sua pesca artesanal e também industrial, por conta do falecimento do pescador Francisco João Pereira, o Chiquinho do Passo Triste, 85 anos. Ele vinha sofrendo complicações no quadro de saúde desde um AVC que sofreu há dois anos.
Vô Chiquinho, como era conhecido, deixou cinco filhos, nove netos, sete bisnetos, e segundo familiares e moradores de Armação do Itapocoróy, era um grande penhense e exímio pescador. Chiquinho também era pai da saudosa pastora Mariza, de Armação do Itapocoróy, falecida em 2016 e vinculada à Igreja do Evangelho Quadrangular de Penha.
“Ele construiu todo seu legado profissional, familiar e pessoal na pesca, contribuindo para o crescimento e valorização dessa profissão. Foi chefe de frota da antiga Pescados Krause, a maior empresa de pescados da região, situada entre a Praia Alegre e o Rio Iriri”, lembra o neto, Luizinho Américo, cuja família seguiu na atividade pesqueira.
O termo “Passo Triste” já vinha de família; era o apelido do saudoso Georgino Reis, pai de Chiquinho, que também se tornou figura histórica de Armação, onde estabeleceu uma barbearia.
Segundo os familiares, ele foi uma das maiores referências da pesca do camarão no litoral sul e sudeste do Brasil, devido à habilidade que tinha na captura do pescado. Além dos barcos da Krause, trabalhou ainda para empresas como a Pescados Elisa, Dona Ivonete, Águia Dourada, Voga e outras.
“Foi um exemplo de amigo, homem, pai e avô. Tenho certeza de que eterniza seu nome com uma história de força, dedicação e coragem”, reforçou Luizinho ao DIARINHO. Ele esteve ainda no pronto-atendimento de Penha, com o avô, momentos antes do agravamento do quadro que levou a uma parada cardíaca.