Muita tainha
Safra industrial da tainha termina antes do prazo porque chegou ao limite
Indústria movimentou cerca de R$ 17 milhões com a pesca deste ano
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
A safra industrial da tainha terminou um mês antes do previsto. As embarcações industriais de cerco atingiram 80%, ainda em junho, da cota de 480 toneladas, pescando 384 toneladas. O mesmo aconteceu com a pesca artesanal de emalhe anilhado, que alcançou a cota de 586 toneladas antes do tempo.
A safra industrial da tainha seria até 31 de julho. Uma das embarcações de cerco/traineira, do estado de São Paulo, contemplada no edital, não realizou a pescaria, reduzindo de oito para sete o número de barcos industriais que pescaram tainha nesta temporada. Deste total, seis são de Itajaí.
O Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) explicou que a cota foi atingida rapidamente devido ao grande volume de tainha que passou pelo litoral nesta safra e ao controle de captura com volume reduzido para as duas modalidades fiscalizadas.
Em 2018, primeiro ano da gestão de cotas em Santa Catarina, o volume de captura para as duas modalidades era de 3417 toneladas, três vezes superior ao limite atual de 1066 toneladas.
Tainhas de milhões
O Sindipi estima que a safra da tainha de frotas controladas por cota movimentou mais de R$ 17 milhões em 2024. “Se considerássemos o volume de cota de 2018, este valor ultrapassaria R$ 50 milhões”, analisa o oceanógrafo da Coordenadoria Técnica do Sindipi, Luiz Carlos Matsuda.