O empresário Leandro Mota, de 49 anos, de Balneário Camboriú, sofreu um golpe de R$ 215 mil imaginando que comprava uma caminhonete Amarok na concessionária Barigui, em Curitiba (PR), com uma carta de crédito da Porto Bank. Ele registrou boletim de ocorrência, entrou com uma ação judicial e decidiu denunciar o caso ao DIARINHO para evitar que outras pessoas caiam no golpe.
Leandro ficou sabendo da suposta venda de uma cota de consórcio contemplado da Porto Bank em um site de venda de veículos e fez contato com o vendedor. Ele ouviu do golpista a informação ...
Leandro ficou sabendo da suposta venda de uma cota de consórcio contemplado da Porto Bank em um site de venda de veículos e fez contato com o vendedor. Ele ouviu do golpista a informação de que a única concessionária autorizada a receber a carta de crédito era a Barigui, por se tratar de uma compra direta.
O valor do veículo, anunciado 20% abaixo do mercado, chamou a atenção de Leandro, que decidiu fazer o negócio na hora. Um suposto representante da Porto Bank fez contato para agilizar os trâmites burocráticos, dizendo que tava intermediando a negociação com a Barigui.
Leandro pagou R$ 15 mil de entrada para a concessionária fazer o pedido da Amarok, com prazo de entrega de 20 dias. Os golpistas emitiram um recibo de quitação e uma nota fiscal falsificados, convencendo Leandro a depositar mais R$ 200 mil em duas contas diferentes, mas nenhuma em nome da Barigui Veículos.
Leandro repassou o contato dos supostos vendedores para familiares em Uberlândia (MG), que também tentaram comprar caminhonetes mais baratas e também foram vítimas do golpe.
Era golpe
Depois de feita a quitação, ele chegou a ir pessoalmente na concessionária e foi quando descobriu que o veículo não poderia ser retirado da empresa, porque não havia sido feito o pagamento da caminhonete.
O empresário tentou contato com os supostos funcionários da Barigui e da Porto Bank, mas não teve mais resposta. Ele então percebeu que havia caído num golpe e que colocou os familiares em uma enrascada.
O empresário registrou um boletim de ocorrência e acredita que pelo menos quatro pessoas com quem conversou são funcionários da Barigui e da Porto Bank. Os familiares mineiros também registraram o caso na delegacia. Leandro acredita que a quadrilha tem acesso a informações internas das empresas e que os golpistas estão lesando pessoas em todo o Brasil.
O DIARINHO fez contato com a Barigui, que informou estar buscando detalhes com o setor jurídico para se manifestar. O caso será investigado pela polícia Civil.