Greve de federais caminha para o fim com novas propostas do governo
IFC em Camboriú e IFSC em Itajaí ainda mantêm paralisação; pais de alunos estão revoltados com aulas suspensas
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Negociações no IFSC avançam e assembleia votará fim da greve no dia 26
(fotos: divulgação)
Professores da UFSC encerram greve, que segue só com servidores técnicos (Foto: Divulgação)
A greve em instituições federais de ensino, que já dura mais de dois meses no Brasil, caminha para o fim após novas propostas do governo federal. Em Santa Catarina, os professores da UFSC encerraram a paralisação após 60 dias, mas a greve segue com os técnicos-administrativos. No IFSC, as negociações avançaram e o fim da greve será votado na semana que vem. No IFC, alguns campi já deixaram o movimento.
No Instituto Federal Catarinense (IFC) Camboriú, o movimento começou no dia 3 de abril, com cerca de 20% dos servidores, entre professores e técnicos, parados. Segundo a direção da unidade ...
No Instituto Federal Catarinense (IFC) Camboriú, o movimento começou no dia 3 de abril, com cerca de 20% dos servidores, entre professores e técnicos, parados. Segundo a direção da unidade, as aulas e atividades no campus foram mantidas. Alguns serviços, no entanto, tiveram aumento de horários ou atendimento em regime de plantão. A direção ainda não se manifestou sobre o fim da greve.
Em Itajaí, o campus do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) informou em nota que, embora os servidores tenham decidido aceitar o acordo do governo federal, segue valendo a suspensão do calendário acadêmico. Isso porque, no momento, a greve continua até a plenária nacional da categoria votar as propostas do governo para professores e técnicos-administrativos.
Na segunda-feira, na assembleia do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe-SC), os servidores do IFSC aceitaram as propostas, mas o indicativo de fim da greve vai pra análise do comando nacional que decidirá os rumos do movimento no país. A plenária nacional do sindicato é na quinta e sexta-feira, em Brasília (DF).
Fim só semana que vem
Já no dia 26, quarta-feira que vem, o Sinasefe-SC faz uma nova assembleia no estado pra avaliar a decisão nacional e fazer os encaminhamentos. Até lá, a greve dos servidores se mantém. “Para que o IFSC possa retomar o calendário acadêmico, é preciso haver uma comunicação oficial por parte do comando de greve/Sinasefe-SC e, em seguida, a decisão do Conselho Superior (Consup) pelo retorno das atividades”, esclarece a instituição.
Pais de alunos estão revoltados porque já são mais de 60 dias sem aulas. Em Xanxerê, o Movimento de Pais e Alunos lançou uma petição online pela volta das atividades nas instituições federais e pelo direito de estudar. “O prejuízo já está consolidado. Nosso pedido é que o governo pare de virar as costas para os profissionais de educação, estenda a mão e olhe para a situação; sentem e negociem para que os profissionais sejam devidamente atendidos para que a classe dos estudantes não saia ainda mais prejudicada”, diz o manifesto.
Aulas já voltaram em seis unidades do IFC
No IFC, as aulas e atividades já voltaram em ao menos seis dos 15 campi, entre Brusque, Concórdia, Luzerna, Rio do Sul, São Bento do Sul e São Francisco do Sul. Em outras quatro unidades, a retomada será nos próximos dias. Em Blumenau, as aulas estão previstas pra voltar nesta quarta-feira. Araquari, Sombrio e Santa Rosa do Sul retomarão as atividades a partir da segunda-feira, dia 24.
A proposta de reposição de aulas e outras atividades acadêmicas e administrativas ainda será discutida em cada campus, após a assinatura do acordo para o fim da greve da categoria. Ainda em maio, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o IFC garantisse a continuidade dos serviços acadêmicos essenciais durante a greve e que respeitasse os servidores que optassem por não aderir ao movimento.
A reitoria da instituição respondeu ao MPF que não houve suspensão de calendário acadêmico no IFC e que todas as unidades foram avisadas para adotar as medidas previstas na recomendação e garantir o funcionamento de atividades essenciais. Em duas unidades – Videira e Ibirama – as aulas foram mantidas, sem suspensões pela greve.
Reajustes e novos investimentos
Para acabar com a greve, o governo federal melhorou a proposta. Com o reajuste de 9% em 2023, o aumento total ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A proposta melhorou em todos os cenários, prevendo um reajuste acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026. A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
No final de maio, o governo apresentava a proposta final, considerando encerrada a negociação para ajuste salarial, mas dizia que seguia aberto para diálogo de reivindicações não salariais. O governo prometeu mais recursos para a educação superior, sendo R$ 279,2 milhões para universidades e R$ 120,7 milhões para institutos federais.
Já o Ministério da Educação se comprometeu em revogar a portaria 983, de novembro de 2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos professores. Na semana passada, o presidente Lula da Silva (PT) anunciou investimento de R$ 5,5 bilhões para melhorias em universidades, hospitais universitários e novos campi no país.
A esquerda quer uma educação assim , pura bagunça o QI do nosso povo já é bem baixo 87 em média ,sem orientação os jovens continuaram elegendo esses políticos corruPTos !
JORGE66 Reis
19/06/2024 08:23
Num governo sério e comprometido com o futuro do país , não teríamos essa farra , querem fazer greve façam ,mas sem salário na conta e esperem a direita vai voltar !
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