A acusação de que J.R.J., de 39 anos, tentou assediar uma menina de 14 anos, portadora de Transtorno do Espectro Autista (TEA), não passa de um mal entendido, segundo o advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto que defende o acusado.
Segundo o relato da Polícia Militar, J. abordou a menina na saída do banheiro de um restaurante em Balneário Camboriú no sábado. Ele perguntou se ela estava sozinha e em seguida tentou ...
Segundo o relato da Polícia Militar, J. abordou a menina na saída do banheiro de um restaurante em Balneário Camboriú no sábado. Ele perguntou se ela estava sozinha e em seguida tentou beijá-la. A menina saiu correndo em direção aos familiares e contou o que tinha acontecido. O homem foi levado para a delegacia.
O delegado que estava de plantão, segundo o advogado, entendeu que não houve crime algum e liberou o acusado. “J., através de seu advogado, declara que “se sente injustiçado, pela forma como a notícia foi veiculada, uma vez que tudo não passou de um mal entendido. Destaca, com veemência, que sempre respeitou seus semelhantes, em especial crianças e adolescentes, não tendo lógica as imputações”, disse a nota do advogado.
Câmeras
O defensor ainda alega que o seu cliente, ao cruzar com a menina no caminho do banheiro do estabelecimento comercial, apenas a cumprimentou. “Não praticando qualquer ato libidinoso contra a mesma. Tais fatos podem ser comprovados nas imagens do circuito interno de segurança daquele local”, completou.
Luiz Eduardo diz que o restaurante não cedeu as imagens do sistema de monitoramento porque o caso envolve uma menor de idade. “Mas o que eu vi foram menos de três segundos, eles se encontram numa área da hamburgueria. Ele passa, gesticula e ela vai pra mesa e ele para o banheiro. Não há nem aproximação, nem toque”, argumentou.
Sem contato físico
O delegado Rodrigo Coronha, responsável pelo flagrante no último sábado, informou que em um juízo preliminar, não foi constatado o crime. “Há imagens do homem conversando com a menina por não mais do que 10 segundos, sem qualquer contato físico. Nenhuma testemunha ouviu o que foi dito. Sendo assim, após a oitiva de todos os envolvidos presentes, o procedimento foi encaminhado à DPCAMI para eventual apuração” explicou o delegado.
O caso já está sendo investigado pela delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente. Como corre em segredo de justiça, a delegada Ruth Henn não repassou detalhes da apuração e nem confirmou se as imagens do circuito interno de monitoramento do restaurante fazem parte do inquérito policial.