A morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, foi confirmada nesta segunda-feira pela mídia iraniana. Ele estava a bordo de um helicóptero que sobrevoava uma província montanhosa do Azerbaijão Oriental, quando a aeronave caiu.

Após 12 horas de buscas pelos destroços, o helicóptero foi encontrado num local de difícil acesso. O tempo ruim dificultou o resgate e houve  auxílio de um drone turco com sensores de calor para identificar o local da queda.

Num primeiro momento, o ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi, informou que o helicóptero teria feito um pouso forçado por conta do nevoeiro. Mas a imprensa oficial relatou a queda em razão das más condições climáticas.

Além do presidente do Irã, estavam a bordo o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, o governador da província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, e o condutor da oração de sexta-feira de Tabriz, Imam Mohammad Ali Alehashem. Também estavam a bordo o comandante, copiloto, chefe da tripulação, chefe de segurança e um guarda-costas. Todos morreram na hora.

Raisi tinha 63 anos e começou sua carreira como promotor no início da década de 1980. Ele assumiu o cargo de presidente em 19 de junho de 2021 e sua eleição é considerada histórica. Na época, muitos iranianos se recusaram a participar da votação acusada de ser manipulada. Cerca de 48,8% dos eleitores foram às urnas, o menor número registrado desde o estabelecimento da República do Irão em 1979. Ebrahim Raisi ficaria no cargo até 2025. Ele era considerado a segunda pessoa mais importante do país, atrás apenas do aiatolá Ali Khamanei, líder supremo iraniano. O atual presidente era um possível sucessor ao cargo.