Catarinense que foi pra casamento e sumiu na enchente é achado morto
Carlos Wolfart, de Itapiranga, foi arrastado pela correnteza no município de Sinimbu, região central gaúcha
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Carlos estava num sítio em Sinimbu
(Foto: Divulgação)
Um dos desaparecidos nas cheias do Rio Grande do Sul desde a semana passada, o catarinense Carlos Wolfart, de 41 anos, foi encontrado morto na tarde de quarta-feira, em Sinimbu, na região central gaúcha. Natural de Itapiranga, no oeste catarinense, Carlos tinha viajado pro estado vizinho pra ser padrinho de casamento do cunhado.
O velório dele ocorreu em Itapiranga onde morava, com o sepultamento acontecendo nesta sexta-feira no cemitério comunitário de Linha Dourado, após a missa de corpo presente. Carlos deixou ...
O velório dele ocorreu em Itapiranga onde morava, com o sepultamento acontecendo nesta sexta-feira no cemitério comunitário de Linha Dourado, após a missa de corpo presente. Carlos deixou enlutados os pais, a esposa, dois filhos e três irmãos, além de outros familiares e amigos.
O catarinense estava com a mulher e os filhos em um sítio em Sinimbu para o casamento que aconteceria no dia 30 de abril. Eles ficaram ilhados após a enxurrada atingir mais da metade do município. O rio Pardinho, que corta a cidade, transbordou. Carlos tinha saído do sítio pra procurar uma rota de fuga, mas não voltou mais pra casa.
Em mensagem de áudio para a esposa, ele disse que precisava de socorro. Carlos tinha sido atingido pelas cheias. Ele ainda conseguiu subir numa árvore, mas acabou arrastado pela correnteza. Familiares e amigos foram atrás de ajuda.
Colegas com motos aquáticas conseguiram chegar até a vítima depois de meia hora, mas não deu tempo de fazer o resgate. A própria árvore foi arrancada pela correnteza e Carlos desapareceu na enxurrada. Ilhados no sítio, a esposa e os filhos do catarinense foram resgatados de helicóptero do local.
O corpo de Carlos foi encontrado pela Força de Resposta Rápida dos bombeiros militares do Rio Grande do Sul após oito dias do desaparecimento, num ponto a cerca de um quilômetro do local onde ele ficou ilhado. A identificação da vítima foi confirmada na quinta-feira.
113 mortes na enchente
O catarinense era um dos desaparecidos na tragédia no Rio Grande do Sul. O boletim da Defesa Civil gaúcha das 9h desta sexta-feira totaliza 113 mortes confirmadas, 146 desaparecidos, 756 feridos e mais de 70 mil resgatados. O estado registra 435 cidades afetadas, com quase 2 milhões de moradores atingidos, dos quais 337 mil desalojados e 69 mil em abrigos.
#tánoDIARINHO
Major dos bombeiros narra experiência de resgates na tragédia do RS
O #tánoDIARINHO desta semana conversou com o major Moura, um dos enviados pelo Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina para trabalhar no resgate às vítimas da enchente do Rio Grande do Sul. O comboio do qual Moura fez parte tinha 39 bombeiros. Foram dois mil resgates de pessoas e animais e três vítimas fatais.
Em conversa com a jornalista Laura Testoni, o major contou as principais dificuldades encontradas pelos socorristas. Ele também esclareceu a logística das doações e se elas realmente não estão chegando às vítimas, como muito se tem falado nas redes sociais.
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