“Este porto é conhecido mundialmente e muitos grupos têm interesse operacionalmente e que conversamos diariamente, incluindo este [JBS], entretanto, nada oficialmente, nesse sentido. Quaisquer definições quanto à Mada Araújo serão feitas oficialmente e após aprovação dos órgãos”, disse ao DIARINHO o diretor da Mada Araújo, Marco Antônio de Araújo.
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As tratativas da JBS com a Mada Araújo é por meio da subsidiária do grupo, a Seara, que opera em Itajaí no terminal da Braskarne, vizinho ao porto público. A arrendatária transitória do Porto de Itajaí, que ainda não retomou as operações desde que assumiu o terminal, teria consultado a Antaq sobre a transferência de cotas e mudanças no contrato.
A Antaq ainda não respondeu ao DIARINHO sobre o recebimento desse pedido e como estaria a análise. Com uma eventual nova controladora da arrendatária, as operações no porto seriam tocadas em parceria com um armador internacional. O nome da empresa e valores da negociação ainda são sigilosos também.
A Superintendência do Porto informou que está ciente das tratativas pela imprensa, mas disse que não recebeu nada oficial da Secretaria Nacional de Portos sobre a negociação. O DIARINHO questionou a JBS via assessoria de imprensa sobre as tratativas com a Mada Araújo e aguarda manifestação.
A JBS é uma das líderes mundiais da indústria de alimentos, com unidades em mais de 20 países. A empresa é dona de marcas como a Friboi, Seara, Swift e Doriana, e também atua em negócios relacionados, como de biodiesel, higiene e limpeza, embalagens metálicas, reciclagem e transporte e gestão de resíduos.
Com unidades de processamento e centros de distribuição em Santa Catarina, a Seara é a 2ª maior produtora e exportadora de carne de frango e suína do país. Além de atender o mercado brasileiro, a empresa abastece importantes mercados estrangeiros, como Europa, Oriente Médio e Ásia.
Terminal de contêineres segue esvaziado
O negócio com a JBS poderia destravar a paralisação do Porto de Itajaí, que está sem movimentar contêineres há um ano e meio. A projeção da Mada Araújo em retomar as operações a partir deste mês ainda não se concretizou.
O diretor da empresa, Marco Antônio Araújo, afirma que não há mais pendências junto à Receita Federal e ao Ministério dos Portos pra receber o alfandegamento do terminal, procedimento que permite o recebimento de navios. O último documento solicitado, segundo ele, foi entregue na sexta-feira passada. A espera agora seria apenas pela conclusão do processo.
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“Documentalmente, a Mada Araújo não tem pendências junto à Receita quanto ao procedimento de alfandegamento. Igualmente junto ao Ministério [dos Portos], no tocante ao PBI [Plano Básico de Implantação], nenhuma pendência”, afirmou. O superintendente do Porto, Fábio da Veiga, não respondeu sobre o trâmite do processo.
