Os professores concursados do estado de Santa Catarina entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira. Um ato dos grevistas aconteceu em frente à Casa da Cultura Dide Brandão e ganhou as ruas centrais de Itajaí na tarde desta terça-feira.

Não foi informado até o fechamento desta edição se as aulas nas escolas já foram afetadas. Segundo o governo do Estado, as 1046 escolas de Santa Catarina abriram normalmente nesta terça-feira.

Com cartazes “Professor na rua, Jorginho a culpa é sua”, “Educação em greve! Em defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade” e “Só a luta garante direitos”,  professores da região saíram em passeata pela avenida Marcos Konder e seguiram pela rua João Bauer até a frente da Regional de Educação.

“Estamos passando a lista para verificar a adesão, mas pelo que estamos vendo nas ruas é um movimento bastante massivo, muito grande e representativo. Em toda a região da Amfri, hoje, temos escolas paralisadas e professores aqui presentes buscando melhores condições de salários, de vida e de nossas escolas”, disse o coordenador local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), João Vecchi.

A adesão ao movimento, no primeiro dia de greve, contudo, não foi informada.  “Não temos um ideia final porque estamos coletando as assinaturas ainda”, justificou Vecchi.

A assessoria da secretaria de Estado da Educação também não divulgou nada sobre a adesão  ao primeiro dia de greve.

Reunião hoje

A primeira reunião do comando de greve estadual está marcada para esta quarta-feira para definir estratégias para a greve, local de mobilização e ações. Vecchi acredita que em Itajaí os professores ficarão acampados na rua Hercílio Luz. Para quinta está programado  um encontro regional de professores aposentados em Chapecó.

O Sinte informou que segue aberto para negociar com o governo do estado. Segundo o sindicato, a greve iniciou pela falta de proposta do governo Jorginho Mello (PL) às reivindicações da categoria.

REIVINDICAÇÕESDA CATEGORIA

• Aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis;

• Descompactação da tabela salarial;

• Revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias;

• Garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais.