Início das obras da rua do Porto provoca o caos no trânsito do centro
Esquina da Marcos Konder com rua Silva tem bloqueio pra obra de macrodrenagem
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Esquina da Marcos Konder com rua Silva tem bloqueio pra obra de macrodrenagem (Foto: João Batista)
Agentes da Codetran não apareceram pra organizar o fluxo de veículos
(foto: João Batista)
As obras do projeto da rua do Porto, no centro de Itajaí, começaram na quarta-feira com trânsito travado e mudanças na rota de linhas de ônibus que passam pelo trecho da avenida Marcos Konder com a rua Silva.
No primeiro dia da obra, os motoristas reclamaram da falta de agentes de trânsito e das filas que se formaram na avenida Irineu Bornhausen, a popular Caninana, e na saída do ferry-boat ...
No primeiro dia da obra, os motoristas reclamaram da falta de agentes de trânsito e das filas que se formaram na avenida Irineu Bornhausen, a popular Caninana, e na saída do ferry-boat.
O trabalho no momento é o de colocação de galerias de macrodrenagem. O fluxo na rua Silva está com as duas faixas do lado direito - no sentido porto - fechadas pela obra. As demais faixas direcionam o fluxo pra rua Heitor Liberato.
A previsão é que esta primeira etapa seja finalizada até o início da próxima semana. Depois, será feito o bloqueio total apenas na avenida Marcos Konder, no sentido do porto para o centro.
Após essa fase, não haverá mais interrupções no trânsito, segundo a prefeitura. O fluxo de veículos seguirá normalmente na Marcos Konder e na rua Silva.
Bagunça no trânsito
As opções de desvio na rota não foram divulgadas. Os motoristas que diariamente usam o trecho no trajeto para casa ou trabalho reclamaram dos transtornos e da ausência da Codetran pra organizar o trânsito na região. A jornalista Carina Carboni pegou o trecho no final da Caninana parado por volta das 18h na quarta-feira.
Ela conta que levou cerca de 40 minutos, das 17h50 às 18h30, pra fazer o trajeto da sinaleira da Heitor Liberato com a rua Alberto Werner, na esquina da prefeitura, até o Samuray Lanches, no final da Caninana.
“No trecho que percorri não tinha agentes da Codetran. Faltou um agente ali no Ginásio Gabriel Colares para controlar a passagem dos veículos. Quem vinha da Caninana não deixava os motoristas da Alberto Werner entrar na via”, conta.
Com a tranqueira, Carina demorou quase uma hora para voltar pra casa. “Em dias de trânsito normal, neste horário de pico, levo uns 30 minutos, no máximo 40, quando tem chuva ou algo que atrapalhe o fluxo”, compara.
Carina reconhece que obras causam transtornos, mas aponta falta de planejamento das secretarias, prejudicando as pessoas de escolherem trajetos alternativos com antecedência.
“Uma obra grande como essa precisa ter um planejamento para gerar menos impacto aos cidadãos. Obras causam transtornos, claro, mas precisam ser planejadas para não interferir tanto na vida das pessoas”, analisa.
Motoristas também relatam problemas na região central, com demora de mais de 30 minutos pra fazer um trajeto do bairro São João até o Itajaí Shopping. A tranqueira ainda se refletiu na saída do ferry-boat, da avenida Paulo Bauer até a esquina da rua Silva com a Marcos Konder. Os motoristas levaram meia hora no trecho e denunciaram a falta de agentes de trânsito.
Bloqueios nas ruas centrais
As sinaleiras das esquinas da rua Silva com a avenida Marcos Konder e da Heitor Liberato com a rua Tijucas estavam intermitentes na quinta-feira. Pela manhã, não havia agentes de trânsito na rua Silva. O fluxo pra rua Heitor Liberato criou um gargalo devido ao afunilamento das pistas e gerou filas.
Já na esquina da rua Tijucas, no momento em que o DIARINHO esteve no local pela manhã, havia um agente de trânsito controlando o tráfego. O trecho da avenida Marcos Konder entre a rua Silva e a avenida Eugênio Müller, na frente do porto, foi interditado.
Pra quem desce a Caninana, o bloqueio está pra entrar na Eugênio Müller, com caminho obrigatório pela rua Tijucas. Há cones indicando o desvio. Ao longo da Caninana, porém, os motoristas relataram não ter placas alertando sobre a obra e as interdições na região do porto.
O DIARINHO questionou o coordenador da Codetran, Michel Vieira Duarte, sobre o esquema no trânsito devido às obras. Ele explicou que desde antes do início das intervenções o órgão tem trabalhado em conjunto com as secretarias com medidas pra reduzir o impacto das obras.
Ele listou as ações de sinaleiras intermitentes, alteração na temporização, cadastro do bloqueio em aplicativo de navegação e, “sempre que necessário”, intervenção com agente controlando o trânsito.
“Era esperado que esta primeira etapa traria um transtorno maior. Estamos realocando mais de 15.000 passagens de veículos, em horários de pico temos mais de 1.600 veículos por hora. A partir de amanhã [sexta-feira], com o andamento da obra, teremos um novo cenário”, disse.
Primeira etapa
As intervenções para as obras começaram com a demolição do prédio da loja Milium, em terreno desapropriado. Os trabalhos vão seguir até a rua Max, no bairro São João. Ao todo, serão investidos R$ 22,3 milhões no projeto, com recursos do financiamento com o banco Fonplata. As desapropriações somam mais de R$ 50 milhões.
Ônibus têm mudanças nas rotas
Por causa dos bloqueios totais e parciais no cruzamento da rua Silva com a avenida Marcos Konder, o transporte público está com alterações temporárias em alguns trajetos.
A ida das linhas T1A (Fazenda/Cordeiros) e T1B (Fazenda/Santa Regina) seguirá da rua Silva em direção à rua Heitor Liberato, com uma conversão à direita na rua Benjamin Franklin Pereira sentido à rua Blumenau, retornando ao trajeto normal.
Neste momento, as duas linhas também deixarão de atender o ponto de ônibus em frente à rua Izabel Ramos Fabeni, entre a Caninana e rua Blumenau.
Já a volta das linhas T1A (Cordeiros/Fazenda), T1B (Santa Regina/Fazenda), T2A (Rio Bonito/Fazenda) e T2B (Cidade Nova/Fazenda) vai seguir da Caninana com uma conversão à direita na rua Tijucas.
Em seguida, essas linhas vão contornar a Igreja Matriz e concluirão o retorno para a avenida Marcos Konder através da rua Rubens de Almeida. O ponto em frente ao Fort Atacadista deixará de ser atendido durante as alterações no trânsito para as obras.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.