O ex-diretor do Procon de Santa Catarina, Roberto Salum, foi indiciado pela Polícia Civil na sexta-feira passada pelos crimes de assédio, importunação sexual e porte ilegal de arma de fogo. O indiciamento foi concluído após 12 testemunhas serem ouvidas na apuração das denúncias. O caso agora segue pra justiça.

Salum foi denunciado há cerca de um mês por uma funcionária terceirizada do Procon. No boletim de ocorrência, ela relatou que foi beijada à força após ter sido agarrada pelo ex-diretor dentro do carro dele.  Salum havia insistido em dar uma carona para a vítima. O caminho, que seria até o Centro Administrativo do Estado, foi desviado até Palhoça, onde o assédio ocorreu.

O então chefe do Procon foi exonerado do cargo no dia 30 de março. Após a primeira denúncia, uma segunda vítima de assédio apareceu. No segundo inquérito, a polícia recebeu outras 16 denúncias contra Salum, com casos de intimidação e crimes contra a honra, como calúnia, difamação e injúria, envolvendo servidores do Procon. Segundo a polícia, o ex-diretor andava armado sem a devida autorização para o porte de arma. Salum afirma que vai provar inocência em juízo. No dia 3 de abril, após as primeiras denúncias, ele divulgou um vídeo em que relata ter sido vítima de represálias por ter descoberto um rombo milionário no Procon.