Um aluno autista estaria sendo vítima de discriminação na escola Francisco de Paula Seara, da rede estadual, no bairro Vila Operária, em Itajaí. Isto é o que denuncia a mãe Lisandra Rosa, que alega que seu filho M., de 12 anos, fica isolado da turma, em uma sala separada. O menino estaria sendo privado da adaptação curricular, do plano de ensino e da inclusão previstos em lei.
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A mãe conta que começou a desconfiar da situação, e pediu para conhecer a sala do M. na quarta-feira da semana passada. A mãe gravou a cena, e desabou em lágrimas, preocupada com o isolamento do ...
A mãe conta que começou a desconfiar da situação, e pediu para conhecer a sala do M. na quarta-feira da semana passada. A mãe gravou a cena, e desabou em lágrimas, preocupada com o isolamento do filho. A visita foi um dia após o Dia Internacional de Conscientização do Autismo, em dia 2 de abril.
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“Nesta sala tem uma impressora e um notebook que o M. usa. Os equipamentos foram cedidos por um professor, que trouxe de casa, na tentativa de fazê-lo ficar mais tranquilo, já que ele tem hiperfoco em tecnologia. Esta não é uma sala adaptada, não é uma sala multi. É um depósito, no fundo da sala tem até um serrote no meio das mesas”, denuncia a mãe.
Segundo Lisandra, a inclusão aconteceria se houvesse integração. Para isso, M. deveria contar com o apoio do segundo professor monitor.
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O caso está sendo acompanhado pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Itajaí. A coordenadoria informa que M. dispõe de um segundo professor de turma, e que a sala de aula mostrada nos vídeos divulgados nas redes sociais não é a sala utilizada pela turma do menino.
“Trata-se da sala de planejamento dos professores da escola. O estudante e a mãe estavam no local, pois ela havia solicitado uma conversa com o segundo professor da turma”, justificou a coordenadoria através de nota oficial.
A CRE ainda informa que M. frequenta o Atendimento Educacional Especializado na AMA de Itajaí e recebe os atendimentos especializados, sob a supervisão e acompanhamento da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).
Os fatos foram registrados no Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) da escola. Segundo Lisandra, a denúncia também foi levada ao Ministério Público de Santa Catarina, à Polícia Civil, e ao Conselho Tutelar.