O homem que matou o irmão do vereador Fábio Negão (PL), Alex Guedes, de 38 anos, na manhã de segunda-feira, no bairro Imaruí, em Itajaí, disse à Polícia Militar que agiu em legítima defesa após ser atacado com um pé-de-cabra. Ainda na tarde de domingo os dois, que eram amigos, já tinham se envolvido numa briga e teriam se ameaçado.
A vítima foi morta a golpes de faca na rua Constantino Divanenko. O assassino, de 36 anos, passou pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois foi levado para ...
A vítima foi morta a golpes de faca na rua Constantino Divanenko. O assassino, de 36 anos, passou pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois foi levado para a Central de Plantão Policial (CPP).
“A princípio, legítima defesa caracterizada. Tem que verificar agora o procedimento que será adotado pela Polícia Civil, mas acredito que o autor será liberado, diante das circunstâncias”, comentou o comandante da PM de Itajaí, Ciro Adriano da Silva.
À PM, o autor das facadas contou que teve uma briga na tarde de domingo com o amigo, sofrendo ameaça de morte. Nesta segunda-feira, por volta das 5h30, ele disse que teve a casa invadida pela vítima, que foi até o seu quarto e o agrediu com um pé-de-cabra, dizendo que iria lhe matar. O homem levou vários golpes de pé-de-cabra e passou a lutar com o agressor.
Segundo relatou, ele conseguiu correr até a cozinha, onde pegou uma faca grande pra se defender. Quando o agressor veio novamente para cima, ele desferiu alguns golpes de faca contra a vítima e diz que saiu de casa após o ocorrido, indo até o muro, onde caiu e pediu socorro.
Briga no domingo
O irmão da vítima relatou que na tarde de domingo, por volta das 16h, foi até a casa de seu irmão onde viu que ele estava junto com o assassino e mais algumas pessoas.
A mãe do assassino, em relato à PM, disse que seu filho chegou em casa comentando que tinha brigado com o amigo com um pedaço de pau. Na manhã desta segunda, quando saiu para trabalhar, ela disse que trancou o portão e que o filho ficou dormindo.
Quando a mulher chegou no serviço, ela foi avisada pelo filho que o homem com quem ele havia brigado no domingo tinha invadido a casa, pulado o muro e o agredido com um pé-de-cabra. Ele alegou pra mãe que, para se defender, teria pego uma faca e golpeado o agressor.
O inquérito da Polícia Civil irá apurar como a morte ocorreu e confirmar ou não se o assassino agiu realmente para se defender.