A avenida José Medeiros Vieira, na Praia Brava, em Itajaí, está na lista das 10 ruas “mais caras” do Brasil. A via conquistou o 7º lugar, à frente inclusive da avenida Atlântica, de Balneário Camboriú, que aparece na 10ª colocação. O ranking é liderado por São Paulo e faz parte de levantamento feito pela DataZAP a pedido do Estadão Imóveis.

O endereço da Brava foi avaliado com o preço do m² em R$ 42.276. Na Atlântica, o valor ficou em R$ 38.686 pela pesquisa, divulgada em fevereiro. A rua Seridó, em São Paulo (SP), foi avaliada com o metro quadrado mais caro do Brasil: R$ 67.073. A capital paulista está na lista com seis das 10 ruas “mais caras”. O Rio de Janeiro aparece com outros dois endereços de luxo.

Segundo a pesquisa, os imóveis chegam a valer mais de R$ 30 milhões, valorizados por conta da localização e da qualidade dos apês. O levantamento analisou que mudanças no plano diretor das cidades têm buscado mesclar o perfil de ocupação dos bairros, diminuindo o preço médio do metro quadrado em regiões de alto padrão, mas alguns endereços se mantêm como “ilhas de valorização”.

Em Itajaí, o preço do metro quadrado na beira mar da Brava é quase 300% maior que o preço médio dos imóveis residenciais avaliados pelo índice FipeZap na cidade. Os dados do mês de fevereiro mostram Itajaí na 6ª posição entre 50 cidades pesquisadas no país, com valor de R$ 10.705. BC, que lidera o ranking nacional, com preço de R$ 12.842, tem na avenida Atlântica o CEP 201% mais caro que a média da cidade.

Na Brava Norte, os valores de apartamentos dentro do Bravíssima Residence passam dos R$ 30 milhões, com cobertura chegando a valer R$ 51 milhões, e lideram os imóveis mais caros da região. Na Brava Sul, há oferta de apartamentos de novos empreendimentos na orla acima de R$ 20 milhões.

Bairro valorizado

Para o presidente do Sinduscon de Itajaí, Fábio Inthurn, o destaque da avenida José Medeiros Vieira no ranking representa a grandeza do  mercado imobiliário da Praia Brava.  “Essa valorização ocorre no bairro da Praia Brava como um todo, incluindo as demais ruas, e é fruto de um ordenamento equilibrado e mais restritivo nos potenciais construtivos, que se intensificou após o acordo feito entre o Sinduscon, o município e a justiça federal evitando o sombreamento na praia”, analisa Fábio.

O acordo, assinado em 2022, proíbe que qualquer edificação na Praia Brava, no lado norte ou sul, ocasione  sombra na orla antes das 16h no solstício de inverno (dia 21 de junho), após 20 metros a partir da calçada, independentemente de ser área de restinga ou não.

O presidente do Sinduscon acredita que a valorização tende a aumentar, já que a construção civil na Brava conseguiu garantir  o crescimento ordenado. “Com isso as demais ruas do bairro permitirão um gabarito maior na altura, sempre respeitando o sol na praia. Isso fará com que essa valorização seja ainda maior. Importante destacar que essa valorização acaba refletindo em toda a cidade de Itajaí, que agora possui um novo plano diretor que traz um equilíbrio no ordenamento do crescimento da nossa cidade”, conclui.

Veja: Top 10 das ruas mais caras do Brasil

-Pelo preço do metro quadrado dos imóveis

1. Rua Seridó (São Paulo) R$ 67.073
2. Av. Delfim Moreira (Rio de Janeiro) R$ 51.129
3. Rua Angelina Maffei Vita (São Paulo) R$ 46.643
4. Rua Jorge Coelho (São Paulo) R$ 46.193
5. Rua Frederic Chopin (São Paulo) R$ 45.941
6. Av. Francisco Bhering (Rio de Janeiro) R$ 45.000
7. Av. José Medeiros Vieira (Itajaí) R$ 42.276
8. Rua Armando Petrella (São Paulo) R$ 42.165
9. Av. do Líbano (São Paulo) R$ 38.897
10. Av. Atlântica (Balneário Camboriú) R$ 38.686