JÚRI POPULAR

Pastor e amante são condenados por matar a mulher dele

Mariane foi vítima de 27 facadas num crime planejado pelo próprio marido

Mariane foi assassinada aos 35 anos 
 (Foto: Arquivo)
Mariane foi assassinada aos 35 anos (Foto: Arquivo)

O trio acusado de matar Mariane Quele Carmo dos Santos, de 35 anos, assassinada com 27 facadas em abril de 2021, foi condenado pelo Tribunal do Júri. O julgamento começou às 10h de quinta-feira, no fórum de Itajaí, e varou a madrugada, terminando por volta das 3h desta sexta. 

Os jurados condenaram o marido da vítima, Joedison dos Santos, o pastor Jota, que planejou o crime ao lado da amante, Shirlene da Silva dos Santos, a Tatá, e o genro dela, Lucas Prazeres ...

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Os jurados condenaram o marido da vítima, Joedison dos Santos, o pastor Jota, que planejou o crime ao lado da amante, Shirlene da Silva dos Santos, a Tatá, e o genro dela, Lucas Prazeres Fernandes. O pastor Jota foi condenado a 29 anos, 6 meses e 30 dias de prisão, Tatá a pena de 20 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão, e Lucas pegou 18 anos de prisão.

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O sorriso cativante de Mariane foi lembrado por quem acompanhou o julgamento. Eram pessoas da comunidade evangélica que ela frequentava, colegas de trabalho e a dona da cafeteria onde a vítima trabalhava. A comerciante foi a responsável pelas primeiras buscas, assim que soube do desaparecimento da funcionária.

“A Mariane era uma menina tranquila, sempre apaziguando as amigas, sempre muito bem-humorada. Ela trazia alegria para o nosso estabelecimento”, recorda Mirela Mendonça. Para a empresária, a condenação foi justa.

Amiga e amante do marido

Segundo a investigação da Polícia Civil, Mariane, que trabalhava em uma cafeteria no supermercado Bistek, no bairro São João, em Itajaí, saiu do trabalho no final da tarde de 8 de abril de 2021, e embarcou de carona num Corsa prata que pertencia a Tatá, que se dizia amiga e era também vizinha da vítima. 

Mariane recebeu golpes de faca no momento em que entrou no carro. Ela foi atingida pelas costas com as facadas dadas pelo genro de Tatá. Mariane teve as mãos e as pernas amarradas e o corpo foi jogado no rio Itajaí-açu.

O pastor Jota, embora tenha bolado a trama, não participou da execução. Ele ficou em casa e deu largada ao plano de espalhar a notícia de que a mulher tinha desaparecido misteriosamente ao entrar num carro de aplicativo na saída do trabalho.

O crime chocou Itajaí pela frieza do pastor, que apareceu chorando ao divulgar o desaparecimento da esposa. Ele mesmo registrou o boletim de ocorrência sobre o sumiço na Polícia Civil.

O pastor Jota foi preso um dia após o corpo de Mariane aparecer boiando no rio Itajaí-açu, escondido na casa de outro pastor evangélico, no bairro Cordeiros. Já os outros acusados do crime foram presos em Recife, no estado de Pernambuco, onde estavam escondidos desde o crime.

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Um menor, sobrinho de Tatá, também teria participado da emboscada. Tanto Lucas como o sobrinho de Tatá receberiam R$ 2500 pelo assassinato. O trio, além do assassinato qualificado, também respondeu à justiça por corrupção de menor. Já o adolescente respondeu a um auto infracional por ser de menor na época da morte de Mariane.

Se livrar da mulher

A investigação da Polícia Civil mostrou que o pastor Jota e a amante queriam assumir o relacionamento amoroso, mas sem a separação na justiça. Eles acharam mais cômodo que Jota ficasse viúvo e herdasse a casa e o dinheiro que juntou com a mulher durante os 20 anos de casados. Jota e Mariane são da Bahia, pais de uma adolescente de 16 anos e há uma década residiam em Itajaí.

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Casa Mariane para atendimento a vítimas de violência doméstica

Voluntárias do projeto acompanharam júri

Voluntárias do projeto acompanharam júri

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Quatro meses após a morte de Mariane, o Centro de Evangelização Integrada, congregação religiosa da qual ela fazia parte, fundou a Casa Mariane para prestar apoio a vítimas de violência doméstica e familiar.

O projeto, implantado em agosto de 2021, é mantido pela igreja e tem uma equipe para dar assistência jurídica e psicológica a mulheres vítimas de violência. “O que aconteceu com a Mariane foi um choque para a comunidade evangélica que a vítima frequentava. A partir do que ocorreu, foi fundado o projeto”, conta Danelise de Oliveira da Silva, diretora da Casa Mariane. 

“A Mari sempre passou muita leveza, gentileza, distribuía sorrisos, e de repente foi vítima de uma situação dessas. Não sabemos se ela já passava por um casamento abusivo. Então, não queremos que outras mulheres passem por isso. Nós estamos aqui para ouvi-las e acolhê-las”, conclui.



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Comentários:

juarez rezende araujo

09/03/2024 21:19

Justiça de Deus foi,é e será feita contra estes Pastores impostores que hoje quando aparecem é nas páginas policiais.Que apodreçam na cadeia!

Quézia

08/03/2024 23:25

Carambaaa! Estão condenando uma pessoa inocente, todos sabem o amor que o pastor tinha com sua esposa agora estão acusando ele de ser o mandante dessa tragedia! É muito fácil vim aqui e falar uma merda dessa! O que mais decepciona é ter profissionais como tiveram na tarde de ontem e fazerem um lixo de um trabalho pois deveriam analisar bem e os verdadeiros bandidos vagabundos rindo da cara de um inocente! Pois o Joedison ontem no júri riram da cara dele e a filha deles como fica com tudo isso! Vamos ter empatia! A justiça de Deus vai ser feita.

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