BALNEÁRIO CAMBORIÚ
Emasa aponta que praia Central está 100% limpa; relatório do Ima discorda
Diferença nos resultados estaria na forma de coleta de amostras
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) de Balneário Camboriú afirma que todos os 10 pontos de coleta da praia Central da cidade estão próprios para banho. O relatório de balneabilidade foi divulgado pela empresa na terça-feira. Já a análise do Instituto do Meio Ambiente (Ima) de Santa Catarina, publicada na segunda-feira, aponta que 60% da praia continua poluída.
Desde o dia 5 de fevereiro, todas as coletas feitas pela Emasa apontam que a praia Central está totalmente própria para banho, a não ser pelo ponto da rua 400, que foi dado como impróprio no dia 9 de fevereiro.
Em contrapartida, segundo os dados do Ima, seis dos 10 pontos da praia Central estão impróprios para banho, incluindo o Pontal Norte, em frente à rua 1001, em frente à rua 51, em frente à 3500, 4000 e 4900 (Pontal Sul). A análise da última sexta-feira aponta quatro destes pontos como impróprios. No relatório do dia 7 de fevereiro, seis pontos estavam poluídos. No dia 2 de janeiro, o relatório do Ima indicava todos os pontos da praia Central como impróprios para banho.
Diferença está na forma de coleta
Segundo a Emasa, a diferença dos resultados pode ser explicada pela forma de coleta. A empresa Umwelt Biotecnologia Ambiental, contratada pela Emasa para fazer as análises, faz as coletas três vezes por semana, nos mesmos pontos analisados pelo Ima. Porém, a Umwelt não faz a análise em dias de chuva, ou após chuvas fortes, porque as precipitações interferem no resultado.
O Ima afirma que faz as coletas de amostras conforme um cronograma fixo e público. Segundo o instituto, a análise periódica em diferentes condições climáticas é recomendável, e visa garantir a divulgação de resultados realistas.
“Uma vez que o município, se valendo de realizar coletas em períodos escolhidos de forma não aleatória, após períodos de estiagem ou alta exposição solar, por exemplo, pode não refletir a condição ambiental do local. [...] Uma coleta enviesada, com baixa concentração de E. coli, pode não refletir a real presença de outros patógenos, subestimando o risco epidemiológico”, comenta o Ima, através da assessoria de imprensa.
De acordo com a Emasa, a Umwelt é credenciada pelo Ima. Já o Ima afirma que seus métodos de coleta seguem o padrão e a recomendação do Ministério do Meio Ambiente.
O resultado da análise, nos dois casos, leva em consideração as cinco coletas anteriores, conforme os critérios de balneabilidade em águas brasileiras, exigidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Para ser considerado próprio para banho, cada local analisado tem que apresentar uma concentração de no máximo 800 NMP/100ml da bactéria Escherichi coli (E. coli), em 80% de cinco amostras consecutivas. NMP é a abreviatura para Número Mais Provável. A E. Coli é conhecida por causar doenças como diarreia e infecção urinária.
O relatório da Emasa está disponível neste link. Para a análise do IMA, acesse aqui.
 
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