HOMENAGEM À RAINHA
Mais de duas mil pessoas homenagearam Iemanjá em Itajaí
Festividades também foram marcadas por mensagens contra a intolerância religiosa
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
As praias do Atalaia e de Cabeçudas, em Itajaí, foram tomadas por homenagens à Iemanjá na noite de sexta-feira. Mais de 80 terreiros de religiões de matriz africana comandaram a festividade, marcada por oferendas e canções à rainha do mar.
A programação cultural também foi palco para mensagens contra a intolerância religiosa e para cobranças de um tratamento igualitário por parte do poder público, pontuando que o Brasil é um país multiétnico.
2 de fevereiro
Iemanjá recebe vários nomes em diferentes regiões do Brasil: Inaé, Janaína, Rainha do Mar, Senhora das Águas. É orixá que faz parte das religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, onde é considerada mãe de quase todos os orixás e protetora dos pescadores.
O Dia de Iemanjá é celebrado em 2 de fevereiro. A data coincide com o Dia da Nossa Senhora dos Navegantes, que passou a ser associada a Iemanjá. Isso acontece por "sincretismo religioso", uma prática que consiste na combinação de elementos de tradições religiosas diversas que resultam em uma síntese de crenças, rituais e valores.
A data de homenagem às rainhas surgiu nos anos 1950 no Rio Vermelho, em Salvador. A história é de que em 2 de fevereiro houve escassez de peixes no mar. Um pescador teria feito uma promessa e, ao sair pra pescar, encontrou uma imagem de Iemanjá (ou de Nossa Senhora dos Navegantes). Depois disso, a pesca voltou a ser abundante. A partir disso, o dia 2 de fevereiro passou a ser de homenagens e agradecimentos pelas bênçãos aos pescadores