Uma senhora de 69 anos foi mais uma vítima do golpe do “bilhete premiado” em Santa Catarina. Ela foi tentar ajudar um suposto médico e perdeu R$ 70 mil. Apesar do trauma, o golpista foi identificado e condenado.
O processo tramitou na 1ª Vara Criminal da comarca de Joinville e a condenação foi divulgada nesta quarta-feira. O farsante recebeu pena de 2 anos, 8 meses e 24 dias de reclusão em regime fechado ...
O processo tramitou na 1ª Vara Criminal da comarca de Joinville e a condenação foi divulgada nesta quarta-feira. O farsante recebeu pena de 2 anos, 8 meses e 24 dias de reclusão em regime fechado. Além disso, ele vai precisar pagar os R$ 70 mil à vítima.
O golpe
De acordo com os autos, a fraude foi aplicada por uma dupla. O réu se passou por um médico pediatra e abordou a vítima pedindo informações sobre um endereço.
Enquanto eles conversavam, o comparsa se aproximou e disse que precisava entregar um bilhete para outra pessoa. Ele disse que era analfabeto e precisaria de ajuda para encontrar o local. Compadecida pela situação, a idosa topou auxiliar o homem.
Durante depoimento, o acusado relatou que o papel se tratava de um bilhete premiado da quina, no valor de R$ 2 milhões. A suposta pessoa que receberia o bilhete informou que não poderia aceitar o valor, já que sua religião não permitia receber dinheiro vindo de jogos. O comparsa informou que o vencedor da bolada liberou a venda do cartão pelo valor de R$ 500 mil.
O suposto médico logo aceitou comprar o bilhete e propôs uma parceria com a vítima. Vendo a situação e sem argumentos para ir contra, a idosa fez transferências e pix no total de R$ 70 mil.
O valor foi transferido para contas laranjas do acusado, sendo que R$ 30 mil era uma quantia guardada pela vítima e R$ 40 mil veio de um financiamento pré-aprovado. Com as transferências feitas, o trio combinou de retirar a bolada na Caixa Econômica durante a tarde.
A vítima foi para casa e contou o ocorrido aos filhos, que logo tentaram alertar do golpe e resgatar o valor, mas não tiveram sucesso. Em depoimento, a mulher contou que fez as transferências porque estava com medo da situação. “Se eu não passasse o dinheiro, o que iria acontecer?”, relatou.