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prefeito de Bombinhas, Paulo Henrique Dalago Muller (PSD), divulgou nas redes sociais a manutenção do chamado “segundo acesso”, uma estrada antiga que sai do Morro de Zimbros e vai até Porto Belo e corta caminho até Bombinhas. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) avalia se a obra não é uma infração ambiental, pois há denúncias de ambientalistas sobre supostas irregularidades.

O Ministério Público Federal (MPF) de Itajaí se manifestou, através de um ofício, dizendo que há evidências do descumprimento de obrigações ambientais. Com isso, a prefeitura e o IMA foram intimados a esclarecer a abertura da estrada.

Ao DIARINHO, o IMA informou que recebeu a denúncia, foi ao local e não encontrou qualquer movimentação na obra. Mesmo assim, o Instituto notificou a prefeitura a prestar esclarecimentos. A prefeitura de Bombinhas reforçou que não houve corte de vegetação, somente a manutenção da via que passa pelo Morro de Zimbros.

“No momento, o IMA aguarda os esclarecimentos que foram solicitados pela equipe técnica da Coordenadoria de Desenvolvimento Ambiental (Codam) do IMA em Itajaí ao município. Portanto, somente após receber as informações e concluir a análise das mesmas é que os técnicos do Instituto poderão elaborar o parecer e nós poderemos nos manifestar”, informou o IMA na quarta-feira. 

Denúncia de crime

Apesar da investigação ainda em andamento, a ONG Amar Amigos de Mariscal classifica a ação do prefeito como um crime ambiental. “Sem qualquer autorização ambiental e com interesses escusos, camuflados de obra de urgência, sem qualquer planejamento, o prefeito Paulinho e a deputada Paulinha ordenaram que fosse aberto parte do segundo acesso. Não somos contrários ao segundo acesso, mas esse assunto tem que ser discutido e não imposto”, publicou a ONG.

Segundo o prefeito Paulinho, o tema já foi debatido em audiências públicas e reuniões. “Chegamos no limite. Não podemos mais suportar filas de 4 a 5 horas para andar apenas 4 quilômetros. Isso tem que acabar. Por isso, tomei essa decisão. Vim aqui e determinamos a manutenção dessa via. Não derrubamos uma árvore, não suprimimos uma vegetação. Apenas passamos a máquina, estamos mantendo essa rua que já existiu. Queremos propor audiências públicas e conversas, chega de ladainha, temos que tomar ações e decisões”, discursou o prefeito.