O gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, e a carioca Bruna Valeanu, também de 24 anos, desaparecidos em Gaza desde sábado, tiveram as mortes confirmadas na manhã desta terça-feira. Na noite desta segunda, notícias começaram a circular sobre a morte de Ranani, que teria sido informada pela tia do jovem. Na manhã desta terça a informação foi confirmada pelo Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty). No final da manhã, a família de Bruna confirmou também a morte da jovem. 
“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, pronunciou o Itamaraty, em nota. O presidente Lula (PT) lamentou a morte do brasileiro nas redes sociais, assim como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). 
O gaúcho morava há sete anos em Tel Aviv, em Israel, trabalhava como entregador e tinha dupla cidadania. Ranani estava acompanhado da namorada, Rafaela Treistman, e de um amigo, Rafael Zimerman, na festa organizada pelo DJ Juarez Petrillo, pai do Alok, a cinco quilômetros da Faixa de Gaza, no sábado, quando ocorreu o ataque protagonizado pelo Hamas. Os três fugiram para se esconder em um abrigo após o início do bombardeio, mas, ao saírem do local, Ranani havia desaparecido. 
Bruna era estudante e estava na festa com amigos quando ocorreu o ataque. Ela estudava Comunicação e Sociologia/Antropologia na Universidade de Tel Aviv, e morava em Petah Tikva. A jovem se mudou para Israel em 2015 e foi instrutora de tiro das Forças de Defesa de Israel entre 2018 e 2020.
O terceiro brasileiro que não teve a identidade revelada segue desaparecido no conflito entre Israel e Hamas, que já soma mais de 1770 mortes.