O diretor-executivo da Mada Araújo, Marco Antônio de Araújo, e diretores da Transbrasa e da BCP foram recebidos pelo superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, e pelo vice-prefeito de Itajaí, Marcelo Sodré (PDT). A Mada Araújo é uma gestora de investimentos fundada e registrada em São Paulo (SP). Ela deu o segundo maior lance pro arrendamento, de 44 mil TEUs (unidade de contêineres).
Parceiras da companhia, a Transbrasa nasceu como transportadora e hoje é operadora logística dentro do Porto de Santos com instalações alfandegadas. Já a BCP Engenharia, com sede em Fortaleza (CE), atua com projetos de infraestrutura, como de usinas solares, parques eólicos, drenagem, pavimentação, loteamentos e condomínios.
Marco Antônio comentou que a empresa gere ativos de vários clientes e grandes investidores, principalmente na área de infraestrutura, e que já atua na região de Itajaí há quatro anos. Segundo informou, o grupo tem atuação internacional e está em processo de estruturação, com os investidores olhando para Itajaí.
“As pessoas que estarão conosco, contratadas nesse processo, são pessoas reconhecidamente da área portuária, sendo a Transbrasa com 50 anos de experiência, e a BCP, cuja empresa arrecada mais de R$ 2 bilhões por ano, pois também é especialista na área de infraestrutura”, destaca. Ele adiantou que o grupo tem um projeto de longo prazo pra Itajaí, de olho no arrendamento definitivo.
“O mais importante é darmos para Itajaí o protagonismo que tanto ela merece através de seu porto, transformando Itajaí não só naquilo que ela já tinha de proeminência, mas esticando o braço, criando condições, porque o nosso projeto não é de dois anos, é de 40 anos”, disse.
O executivo defendeu que a proposta da empresa é a mais adequada para o Porto de Itajaí. De acordo com Marco Antônio, a companhia vai apresentar para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) uma lista de equipamentos que já estão comprados e que serão instalados no porto. Na região, ele informou que o grupo tem investimento ativo de 700 milhões de dólares.
“Tudo o que foi apresentado aqui para a diretoria da Superintendência também é para desmistificar a falta de conhecimento do nosso grupo, e consequentemente, dar tranquilidade à comunidade pra que todos possam ter certeza, nós não estamos vindo aqui pra ser um operador portuário ou ganhar uma concessão, estamos para fazer história positiva para o Porto de Itajaí”, completou.
Proposta traz expectativas de grandes investimentos
O superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, destacou que o encontro foi importante por trazer as parceiras da Mada Araújo e por apresentar um projeto que não se restringe só para dois anos de operações, mas que prevê grandes investimentos na área logística portuária.
Fábio espera que o processo de contratação seja finalizado ainda neste mês. “Tomara que possamos conseguir rapidamente finalizar este processo, e reiniciarmos o mais rápido possível as operações com contêineres no Porto de Itajaí, fazendo com que retorne a pujança econômica, e assim colocando o porto no seu lugar de destaque que sempre ocupou”, comentou.
O vice-prefeito Marcelo Sodré avaliou que as empresas deram um horizonte “bem promissor” para o porto e a cidade como um todo. “Também nos deixaram muito tranquilos em relação não só à seriedade, à lisura de todas as empresas parceiras, mas principalmente na aposta que estão proporcionando para que o Porto de Itajaí retorne o quanto antes com suas operações de cargas de contêineres”, disse.
O contrato prevê que a empresa vencedora passe a operar no porto por dois anos, prazo que poderá ser prorrogado a critério do Ministério dos Portos. Durante o período, o governo federal pretende fazer o leilão para o arrendamento definitivo do porto, com contrato de 35 anos.
A Mada Araújo deve apresentar os documentos necessários à habilitação no edital de arrendamento na tarde desta sexta-feira. A documentação será analisada pela comissão de licitação da Antaq, que prevê divulgar o resultado no dia 17 de outubro. Após a data, com a empresa sendo aprovada e não havendo recursos, o processo é encaminhado pra homologação e, por último, pra assinatura do contrato.
A empresa foi convocada após a MMS Empreendimentos, que havia dado o melhor lance no leilão, de 66.600 TEUs, não conseguir comprovar condições para cumprir a proposta de movimentação mínima de contêineres.