Uma professora de língua portuguesa foi demitida após ser gravada ensinando linguagem neutra em sala de aula. A mulher era professora das turmas de 5º, 6º e 7º anos do Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição, uma instituição de ensino católica em Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina. No dia 22 de setembro, a escola enviou um comunicado aos pais dizendo que a profissional não fazia mais parte do corpo docente.
A gravação foi feita por um aluno e mostra a professora explicando a utilização do pronome “todes”. No vídeo, a mulher tentava argumentar sobre a importância da linguagem no acolhimento de pessoas que não se identificam com os pronomes femininos ou masculinos usuais.
“Se você fosse uma pessoa não binária, uma pessoa que é homossexual, e se sentisse ofendida com o ‘todos’, porque o ‘todos’ não abrange o seu tipo de gênero. Então você teria que engolir ...
 
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A gravação foi feita por um aluno e mostra a professora explicando a utilização do pronome “todes”. No vídeo, a mulher tentava argumentar sobre a importância da linguagem no acolhimento de pessoas que não se identificam com os pronomes femininos ou masculinos usuais.
“Se você fosse uma pessoa não binária, uma pessoa que é homossexual, e se sentisse ofendida com o ‘todos’, porque o ‘todos’ não abrange o seu tipo de gênero. Então você teria que engolir o ‘todos’. A gente tem que entender pela ótica de uma pessoa que não é heterossexual”, afirmou a professora no vídeo.
Dois dias antes do pronunciamento do colégio, o deputado Jessé Lopes (PL) reproduziu o vídeo em suas redes sociais acusando a professora de atentar a uma “agenda antinatural” e que a linguagem neutra seria uma imposição do movimento LGBTQIA+. Uma usuária reagiu à publicação. “Não foi isso que aconteceu. Uma aluna perguntou sobre e outro aluno resolveu filmar. Triste em ver a distorção de uma resposta virar conteúdo sensacionalista. O vídeo é apenas o recorte de uma resposta, o que não significa que foi ensinado como correto”, comentou.
Na publicação, Lopes ainda menciona o Projeto de Lei de sua autoria que está em trâmite na Alesc proibindo a linguagem neutra em instituições públicas, principalmente as de ensino. Até o fechamento desta matéria, o Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição não se posicionou sobre o caso.