O Ribeirão Ariribá, que marca o limite entre o território de Itajaí e Balneário Camboriú na praia dos Amores, foi flagrado com manchas escuras nesta terça-feira. Segundo o relato de moradores da rua Machado de Assis, ao lado do ribeirão, as manchas aparecem repentinamente há quase dois meses.
Uma das moradoras do lado de BC denunciou o caso ao Emasa, mas a vizinhança não notou nenhuma mudança até o momento. Como o rio divide as duas cidades, tanto a Emasa quanto o Semasa são ...
Uma das moradoras do lado de BC denunciou o caso ao Emasa, mas a vizinhança não notou nenhuma mudança até o momento. Como o rio divide as duas cidades, tanto a Emasa quanto o Semasa são responsáveis pela fiscalização dos efluentes de cada município.
A equipe da Emasa foi ao local na manhã de quarta-feira e não constatou despejo irregular de imóvel ou da estação elevatória da rede de esgoto de Balneário Camboriú. A autarquia explica que a mancha é marrom, e, se fosse de esgoto, seria cinza, e o local teria mau cheiro.
Já o Semasa justifica que dispõe de rede de coleta de esgoto nos imóveis do bairro e que tem feito vistorias. O órgão prometeu checar a denúncia.
“É difícil afirmar de onde vem uma mancha. É o que acontece no Itajaí-Mirim, quando temos eventos como esse. O importante é que temos vistorias periódicas da equipe do programa ‘É Só Se Ligar’ e passamos em todos os imóveis onde há rede coletora de esgoto”, completa o Semasa.
Os ribeirões sofrem com o despejo irregular de esgoto porque há imóveis que não estão ligados à rede de tratamento. No último ano, na Praia Brava, foram identificadas algumas irregularidades e os proprietários receberan prazo para se adequarem, ficando sujeitos às multas.
“A Brava já teve 80% dos imóveis com irregularidades no sistema de tratamento de esgoto, a maior parte na caixa de gordura. Então estamos na fase de corrigir esses erros, porque temos rede coletora de esgoto ligada na estação de tratamento”, explica o Semasa.
Reflete na praia
Em janeiro deste ano, o trecho de mar na praia dos Amores foi considerado impróprio para banho, justamente perto da saída do ribeirão Ariribá, segundo informações do relatório de balneabilidade do Instituto de Meio Ambiente (IMA).
Na ocasião, a oceanógrafa Déborah Ortiz Lugli Bernardes, professora da Univali e pesquisadora do Grupo de Estudos dos Ecossistemas Costeiros, disse ao DIARINHO que o ribeirão poderia ser um dos fatores principais para a poluição do local.
Neste mês de setembro, a análise do IMA mostra que todos os pontos da praia Brava são adequados para banho.