ITAJAÍ
Capivara ferida está sendo monitorada por técnicos, informa IMA
Animal não precisa ser internado e mostrou vitalidade ao dar “baile” nos agentes que tentaram resgatá-lo dias atrás
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A capivara ferida que foi vista no dia 26 de agosto na avenida Beira Rio, perto da marina, e na semana passada, na avenida Paulo Bauer, gerando queixas por falta de atendimento de órgãos ambientais, está sendo acompanhada por técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Nessa terça-feira, o animal, já com sinais de melhora, foi visto pela reportagem do DIARINHO, no trecho próximo ao colégio Anglo, na Beira Rio.
Segundo informações da Gerência de Biodiversidade do IMA, a capivara está se recuperando e não foi identificada a origem do ferimento. “O monitoramento demonstra que a cada dia o animal está mais ativo e com comportamento normal”, informou. Embora as capivaras sejam calmas, a recomendação é para que as pessoas se mantenham afastadas para evitar acidentes.
“Ficar se aproximando atrapalha o seu comportamento, levando inclusive ao estresse. Quanto mais deixarmos ela sossegada, mais rápido ela vai se recuperar”, explicou a gerência do IMA. Conforme o órgão, o acompanhamento é feito com apoio do 3º pelotão da Polícia Militar Ambiental. Os técnicos estão prontos pra agir “ao primeiro sinal de involução” na recuperação.
O IMA relatou que a direção do órgão acionou a Polícia Militar Ambiental logo após tomar conhecimento da ocorrência, ainda no dia 26 de agosto. Foi chamada uma guarnição do batalhão de Balneário Camboriú, por se tratar de animal silvestre de grande porte, a capivara é o maior roedor do mundo, pois seria necessária uma análise prévia da situação. A operação de resgate chegou a ser preparada.
“[...] Ao longo do sábado dia 26/8 foram articulados o local para recebimento do animal, que seria a estrutura do Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, ao mesmo tempo definindo a estratégia para o resgate, que seria realizada mediante sedação com apoio da equipe do Oceanic Aquarium”, esclareceu.
Já no dia 27, todos os órgãos organizavam o resgate. Mas a capivara, na menor aproximação dos agentes, fugia para o rio. “Demonstrando dessa forma que, apesar do ferimento, suas condições de saúde não eram ruins”, explica o órgão. O IMA frisou que as capivaras são animais resistentes e ágeis, e que ferimentos costumam ser frequentes, principalmente nos machos, que disputam o domínio do grupo.
Nem sempre resgate é necessário
O IMA aproveitou o caso para explicar que todo resgate ou captura de um animal requer uma análise técnica preliminar. Conforme a situação, é verificada a razão de ferimentos, que podem ser de predadores, disputa interna do grupo ou devido interferência humana, como atropelamento, choque com vidraças e ataques de animais domésticos.
Uma das alternativas, como no caso da capivara da Beira Rio, é ficar monitorando o animal, evitando manejo inadequado que pode piorar a situação. O resgate de animais silvestres é de responsabilidade do IMA em Santa Catarina. O serviço pode ser acionado pelo (48) 8808-3372 (WhatsApp). Recentemente, um novo protocolo reforçou a parceria com a Polícia Ambiental e os Bombeiros no atendimento de ocorrências.