O bebezinho prematuro filmado no jaleco de uma fisioterapeuta enquanto ela dançava o hit “desenrola, bate, joga de ladinho” recebeu alta do hospital Marieta Konder Bornhausen nesta semana. O irmão gêmeo dele também teve a liberação para ir para a casa.
A direção do hospital Marieta informou que a alta hospitalar foi na segunda-feira, após 41 dias de internação. Os bebês prematuros nasceram no dia 31 de julho, com 29 semanas e um dia ...
A direção do hospital Marieta informou que a alta hospitalar foi na segunda-feira, após 41 dias de internação. Os bebês prematuros nasceram no dia 31 de julho, com 29 semanas e um dia de gestação.
O primeiro recém-nascido pesava, ao nascer 1,22 kg, recebendo alta com 2,03 kg. Já o segundo tinha 1,26 kg e na alta 1,94 kg. “Todos os exames de triagem neonatal foram realizados, como os laboratoriais, ultrassom de crânio, avaliação cardiológica e oftalmológica. Ambos permanecem sem qualquer alteração física ou neurológica, embora tenha sido recomendado o acompanhamento médico rigoroso como é praxe em bebês prematuros”, informou o hospital.
O caso ganhou repercussão nacional após a fisioterapeuta que tratava a criança postar a dancinha em suas redes sociais e seguidores fazerem a denúncia à imprensa. O vídeo foi feito quando os bebês tinham 15 dias e recém tinham saído da ventilação mecânica. O bebê ainda estava na UTI lutando para ganhar peso.
No dia que o caso veio à tona, quatro funcionários foram demitidos do hospital. Além da fisioterapeuta, foram dispensados três técnicos de enfermagem. O Conselho Regional de Fisioterapia também fez uma suspensão cautelar da fisio e abriu um processo ético disciplinar.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança de Itajaí. Os crimes apurados são exposição da criança à situação vexatória e crime de maus-tratos, por se tratar de bebê prematuro que estava em tratamento e sob a guarda provisória da profissional. A investigação corre em segredo de justiça.
Em entrevista ao DIARINHO no final do mês de agosto, os pais dos bebês contaram que tinham assistido ao vídeo, mas não identificaram o filho. O casal entrou com um processo civil contra o hospital. “Estou revoltada. Meu mundo desabou naquela hora. Abriu um buraco no coração, muita tristeza. Por ser uma profissional da saúde, ela estava ali para cuidar, não para botar a vida de um neném recém-nascido, prematuro, em risco”, desabafou a mãe durante a entrevista.