Comissão Processante vota pela absolvição de Volnei e Sodré
Parecer será votado em plenário na quinta-feira; cassação só acontece se houver 12 votos favoráveis
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Vereador Douglas Cristino, relator da Comissão, votou pelo arquivamento do processo junto com os vereadores Fábio Negão e Laudelino Lamim
(Foto: Davi Spuldaro)
O relatório final da Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Itajaí que apura suposta infração político-administrativa do prefeito e vice-prefeito foi aprovado nesta terça-feira. A votação terminou com três votos a dois pelo arquivamento do processo e absolvição dos denunciados.
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Na quinta-feira, o parecer será votado em plenário, que poderá concordar com o arquivamento ou decidir pela cassação. O parecer final foi elaborado pelo relator da Comissão Processante ...
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Na quinta-feira, o parecer será votado em plenário, que poderá concordar com o arquivamento ou decidir pela cassação. O parecer final foi elaborado pelo relator da Comissão Processante, vereador Douglas Cristino (PDT), e entregue aos demais membros ainda na segunda-feira.
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Os vereadores Beto Cunha (PSDB) e Christiane Stuart (PSC) votaram contra o relatório. Fábio Negão (PL) e Douglas Cristino (PDT) deram voto favorável. O voto do presidente da comissão, Laudelino Lamim (MDB), desempatou o placar, concordando com o arquivamento do caso.
O relatório da Comissão Processante apontou falta de condições jurídicas, de justa causa e culpa dos denunciados que motivassem a cassação. O parecer também rejeitou as alegações da denúncia, defendendo a legalidade da remuneração da licença pra tratamento de saúde do prefeito e considerando a improcedência da denúncia.
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Durante a reunião nesta terça-feira, membros da comissão se manifestaram sobre o processo. Também foram ouvidos os advogados Paulo Moreira, que atua na defesa do prefeito Volnei Morastoni (MDB), e Karla Sodré, que defende o vice-prefeito Marcelo Sodré (PDT). Eles reforçaram os argumentos pela improcedência do pedido de cassação.
O parecer final será votado por todos os vereadores em sessão extraordinária marcada para as 16h, na quinta-feira. Pela votação, os parlamentares poderão indicar se concordam ou não com o relatório. Para haver cassação do prefeito e do vice será preciso dois terços dos votos dos vereadores, o que representa 12 votos.
Na votação do relatório preliminar, em junho, nove vereadores votaram pela continuidade do processo e sete foram favoráveis ao arquivamento, em resultado que considerou a maioria simples dos votantes.
Na sessão extraordinária que definirá sobre o impeachment, cada um dos 17 vereadores terá 15 minutos para se manifestar. Os advogados de defesa terão até duas horas cada pra apresentar seus argumentos.
Comissão apurou "salário doença" de Volnei
Vereadores de oposição, Beto Cunha e Christiane Stuart, que fazem parte da comissão processante, votaram contra o arquivamento
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A denúncia contra o prefeito e o vice-prefeito foi apresentada e aceita pela câmara em maio deste ano. De acordo com o denunciante, o advogado Vilmar Hoepers, quando o prefeito estava em licença-saúde, durante 60 dias entre outubro e novembro de 2022, continuou recebendo salário integral, mesmo com o vice-prefeito no exercício do cargo.
A alegação é de que, como a licença foi superior a 15 dias, o prefeito deveria ter se afastado sem remuneração. A comissão ouviu testemunhas indicadas pelo prefeito e servidores municipais, além do vice-prefeito, que prestou depoimento em julho. De acordo com o relator, embora considere o processo como um julgamento político, o relatório final foi justo e baseado na legalidade.
“O prefeito era do regime próprio da previdência do Iprev [Instituto de Previdência de Santa Catarina], onde poderia estar recebendo na íntegra o seu vencimento”, comentou na reunião, lembrando que o prefeito é servidor público estadual afastado para exercício de mandato eletivo.
Vereadores da oposição dentro da comissão, Beto Cunha e Chris Stuart, criticaram a rejeição de vários requerimentos, apontando falta de imparcialidade no processo, que culminou num relatório que acatou os argumentos da defesa. Beto destacou que ele e a vereadora foram “sufocados” na comissão, sendo voto vencido em todas as reuniões, o que teria impedido uma investigação aprofundada.
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“Diante dessas circunstâncias, reforçarmos a importância de um processo investigativo completo e imparcial, para assegurar a justiça e a transparência em todas as decisões tomadas”, defendeu. Os dois vereadores prometeram aprofundar a manifestação durante a sessão de julgamento na quinta-feira.
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