Crime julgado
Dentista assassinado em emboscada do PCC
Bandidos, que foram condenados em julho atraíram vítima através de APP de relacionamento
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O dentista brasileiro Daniel Felipe Cervelati, 49 anos, teve uma vida tranquila e confortável em Portugal durante 24 anos. No começo do ano, ele decidiu vir a São Paulo para visitar a família, quando caiu numa emboscada do crime organizado através de um aplicativo de relacionamento.
O dentista acabou sequestrado, foi mantido em cativeiro, transferiu muito dinheiro ao bando e ainda foi assassinado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre os dias 23 e 24 de fevereiro. O crime aconteceu na zona norte de São Paulo.
Na última quarta-feira, quatro sequestradores foram presos e condenados pela justiça a mais de 40 anos de prisão. O mentor do crime, Ederson Carvalho Barros, de 29 anos, conhecido como “Gordo”, continua foragido.
Armadilha
Daniel foi atraído através de um site de relacionamentos. Ele marcou o encontro pelo app. Chegando no local c, ele foi rendido e obrigado a mandar um motorista de aplicativo buscar seus cartões bancários. Os criminosos fizeram diversas compras com o cartão da vítima.
No dia seguinte, Daniel tentou fugir do cativeiro e foi morto. A Polícia Militar foi acionada pela família e encaminhou a vítima para o Hospital Geral de Vila Penteado, na zona norte paulistana, mas ele acabou morrendo uma hora depois. Daniel também foi torturado.
Os condenados
César Silva Ferreira, de 33 anos, o Chupa Rato, foi condenado a 44 anos. Anderson Rodrigues Ribeiro, o Véio, recebeu a pena de 46 anos. Rafael Ourives Rodrigues, de 30 anos, o Lion, foi condenado a 47 anos e 3 meses de cadeia. Já João Vitor Cardoso Baptista, de 22 anos, o Alemão, deve cumprir 37 anos e nove meses de reclusão.