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Balneário se tornou a cidade dos arranha-céus
Primeiro prédio foi na década de 1950
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Dona do mais alto condomínio residencial da América Latina, Balneário Camboriú é destaque quando se fala em construção civil. Os empreendimentos supertalls são tudo, menos convencionais. A verticalização que transforma a cidade traz construções cada vez mais altas e diferenciadas, dando o título a BC de “cidade dos arranha-céus”, também vista como lançadora de tendências da construção civil.
Sete dos 10 edifícios mais altos do Brasil estão em Balneário Camboriú, inclusive o mais alto da América Latina, o One Tower, da FG, com 290 metros de altura e 84 andares. E, em breve, a cidade terá o prédio residencial mais alto do mundo, o Triumph Tower, com 509 metros de altura, 154 pavimentos e 233 apartamentos, custando, cada unidade, a partir de R$ 30 milhões.
Balneário Camboriú também virou case sobre verticalização durante um dos maiores eventos do segmento da América Latina, no 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção pelas soluções técnicas adotadas nos edifícios, seus impactos e conceitos.
Inovação no DNA
Mesmo antes da emancipação, ainda na década de 1950, já havia alguns prédios que se destacavam em relação às casas em Balneário Camboriú. De acordo com o livro "Do Arraial do Bonsucesso a Balneário Camboriú", da historiadora Mariana Schlickmann, o primeiro hotel de luxo da cidade, o Hotel Fischer, com quatro andares, já chamava a atenção. Isso em 1957, na Barra Sul.
O hotel foi o primeiro com banheiro em todos os quartos, uma novidade na época em todo o litoral catarinense. O presidente da República João Goulart (1919-1976), por exemplo, costumava frequentar o hotel. Em 1970, o prédio passou de quatro para mais de 10 andares.
O Edifício Eliane, em 1959, foi o primeiro de apartamentos residenciais na avenida Brasil. De 1960 a 1970 é que alguns dos símbolos e cartões postais da cidade começaram a ser construídos. Depois, de 1990 a 2000, vieram os prédios de alto padrão, ainda de acordo com o livro da historiadora.
“Balneário Camboriú possui diversas identificações, o que combina com seu caráter cosmopolita. Ela é tudo ao mesmo tempo e, acima de tudo, multicultural. Ela é dos turistas, veranistas, de quem é nativo e de todos os apaixonados que a escolheram para viver”, cita a historiadora.