ERA dos arranha-céus

Última casa de madeira da avenida Atlântica está com os dias contados

Imóvel na Barra Sul foi construído antes mesmo de Balneário Camboriú virar cidade

Casa é testemunha da transformação de BC em "Dubai brasileira" (FOTO: JOÃO BATISTA)
Casa é testemunha da transformação de BC em "Dubai brasileira" (FOTO: JOÃO BATISTA)
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Símbolo de uma era anterior aos conhecidos arranha-céus de Balneário Camboriú, a última e mais antiga casinha de madeira que ainda resiste ao tempo na avenida Atlântica, com 67 anos de história, será demolida em breve. No terreno hoje já cercado de prédios, na Barra Sul, o imóvel dará lugar a um edifício de 12 andares.

A demolição está autorizada e só aguarda a aprovação do projeto do novo empreendimento pela prefeitura pra ser executada, decretando de vez o fim da casinha que guarda tanta história. ...

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A demolição está autorizada e só aguarda a aprovação do projeto do novo empreendimento pela prefeitura pra ser executada, decretando de vez o fim da casinha que guarda tanta história. Mais antiga que a própria cidade, que só se emancipou em 1964, a moradia foi construída em 1956 e adquirida em 1973 pela família Macedo, de Itajaí, que usava o imóvel para veraneio até o ano passado.

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Nas últimas décadas, a casa testemunhou Balneário se transformar na “Dubai brasileira” e viu seu entorno ser tomado de prédios, estando hoje “espremida” entre os edifícios Saint Tropez e Joana do Mar. No alvo das construtoras, os donos da residência resistiam em negociar o imóvel mas, ainda no final de 2022, acabaram aceitando uma proposta de permuta.

A avenida Atlântica não tem limite de altura para construções. O projeto do novo prédio, de altura bem abaixo dos padrões de BC, leva em conta as restrições pela área do terreno – de 286 metros quadrados – e os recuos exigidos pela legislação. Dos 12 andares do futuro edifício, serão sete para apartamentos e os outros pra garagens e áreas de lazer.

Apesar de não ser necessariamente a última casa da avenida Atlântica, que ainda conta com algumas moradias baixas, como sobrados e construções mais modernas, a residência número 4100 é a última com arquitetura de madeira da beira-mar, no estilo tradicional de ocupação que remonta aos primórdios da cidade, antes da chegada dos primeiros prédios.

Além de antigas construções, mesmo prédios menores e mais tradicionais sofrem com a pressão do mercado imobiliário que vive uma valorização histórica. A cidade lidera há mais de um ano o ranking dos imóveis residenciais com o metro quadrado mais caro do país. A valorização é puxada pelos imóveis de alto padrão, alguns avaliados em mais de R$ 30 milhões.

 

Catálogo preserva memória de casas de madeira de BC

Embora icônica e histórica, a casinha na Barra Sul não era tombada como patrimônio. Ela integra um mapeamento que identificou 67 casas antigas de madeira em Balneário Camboriú, a maioria dos anos 1960, década da emancipação política do município.

O projeto coordenado pelo arquiteto e urbanista Gabriel Gallarza e organizado pelo Observatório de Interações no Ambiente (OiA) resultou num catálogo impresso e online com informações das construções, permitindo fazer um roteiro de passeio a pé pelos endereços.

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O material é uma maneira de ao menos resguardar a memória das edificações, algumas prestes a desaparecer, e pode ser retirado gratuitamente na sede da Fundação Cultural e na Biblioteca Municipal. A consulta também pode ser pelo site www.arqmadeira.eco.br, que reúnes descrições, históricos e fotos das casas.

Das obras mapeadas, a que já foi casa de veraneio do ex-presidente João Goulart e que abrigava ultimamente o restaurante Canto da Sereia, na avenida Atlântica, foi demolida em dezembro de 2022, durante a pesquisa. O mesmo destino é previsto pra outros imóveis, alguns à venda ou em negociações para futuros prédios.

 

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