Lucyaria Siqueira, de 28 anos, fez uma denúncia contra o Hospital Marieta Konder, de Itajaí, após seu marido, Robson Lopes de Oliveira, de 22, ter uma cirurgia cancelada depois de quase 24h em jejum. A mulher também se queixa sobre o marido ter recebido alta mesmo com os dedos “necrosando”.

Robson trabalha como servente de pedreiro e teve a mão esquerda esmagada por uma betoneira no dia 28 de junho, quando deu entrada no hospital. Segundo a esposa, ele foi atendido e passou por uma cirurgia para reconstrução dos dedos no mesmo dia.

Por conta de uma bactéria hospitalar, o paciente teria que passar por outra cirurgia na segunda-feira, que foi cancelada. Robson entrou em jejum no domingo às 22h, e ficou sem comer até as 21h do dia seguinte, quando o médico ligou cancelando o procedimento.

“O médico voltou na terça pela manhã, passou, tirou fotos e saiu sem falar nada”, queixa Lucyaria. Por volta das 13h, Robson recebeu alta do hospital, com um retorno agendado para a próxima segunda-feira.

É o salário do pedreiro que mantém a casa, mas Robson segue com dor e por isso não pode trabalhar desde o acidente. O casal mora em uma casa de um cômodo, com a filha de sete anos, que também exige cuidados especiais por conta de um problema de saúde em tratamento.

“O patrão dele disse que vai pagar tudo certinho e por enquanto estamos no aguardo. O gás acabou de acabar e eu pedi o restante emprestado, porque o restinho do dinheiro que tinha na conta compramos um pouco de alimentos e algumas frutas pra minha filha”, conta Lucyaria.

De acordo com a assessoria do Hospital Marieta, o paciente precisa ter melhores condições de pele para avaliação médica. Por isso, uma nova avaliação  ocorreria nesta segunda-feira. O resultado da análise ainda não foi divulgado.