SANTA CATARINA
Juiz investigado por tráfico de medicamentos é solto
Tiago Fachin também está proibido de exercer suas atividades como magistrado
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O juiz Tiago Fachin, preso em Joinville na terça-feira acusado de envolvimento em suposto esquema de tráfico de medicamentos em Santa Catarina, foi solto menos de 24 horas após a prisão. Na audiência de custódia, ficou definido que ele usará tornozeleira eletrônica durante a investigação, que corre de forma sigilosa.
Segundo o TJ, o desembargador relator do caso determinou que o magistrado seguirá com monitoramento eletrônico, afastamento das atividades profissionais, proibição de entrar em contato com outros investigados, além de outras medidas restritivas.
A prisão do juiz foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e envolve supostas irregularidades de remédios de tarja preta.
As ordens judiciais foram cumpridas no fórum de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, mas também houve busca e apreensão em Joinville, na casa do juiz, e em imóveis em São José e Palhoça. O Ministério Público informou que não repassará detalhes sobre a operação.
Tiago Fachin atuava nas comarcas de Araquari e Rio do Sul. Ele também já atuou como juiz-auxiliar no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O magistrado é mestre em Ciências Jurídicas e em Direito da União Europeia pela Universidade da Região do Minho, em Braga, Portugal. Também é especialista em Direito Constitucional pela Academia Brasileira de Direito Constitucional, especialista em Direito Processual Penal pela Escola Superior do Ministério Público de Santa Catarina e especialista em Direito e Gestão Judiciária pela Academia Judicial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Ele escreveu o livro “Ativismo Judicial Processual”.