Uma investigação da Polícia Federal que começou no aeródromo de Porto Belo descobriu um bando criminoso especializado em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação foi deflagrada na quarta-feira e combate a quadrilha com ramificações em Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Os bens sequestrados pela PF podem superar os R$ 150 milhões. São 57 imóveis sequestrados:  17 em Santa Catarina, 26 em São Paulo, 11 na Bahia e três no Rio de Janeiro. Além dos imóveis, foi feito o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas, apreendidos veículos e embarcações.

A justiça autorizou 33 ordens de prisão preventiva, mas somente 27 foram cumpridas. Seis pessoas estão foragidas, sendo que duas no exterior. Em SC foram presss seis pessoas em Floripa.

Segundo o delegado Nelson Napp, a investigação começou em um hangar no aeródromo de Porto Belo e descobriu que o bando lavava dinheiro do tráfico comprando muitos imóveis.

Na investigação, outra organização criminosa foi descoberta. Ela estava sediada no Rio, com conexão com o Rio Grande do Norte, e era responsável pelo tráfico de haxixe. Os criminosos usavam “mulas” contratadas para o tráfico de drogas através de aviões e veleiros.

Um islandês, apontado pela PF como um dos líderes do bando, já tinha sido investigado pela polícia europeia. Para a realização da operação, a PF contou com a cooperação internacional com a Itália, por meio da Interpol, e com a Islândia, em coordenação com os escritórios junto à Europol.

Durante as investigações, a Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar de Santa Catarina, fez sete prisões em flagrante, apreendendo cerca de 65 quilos de cocaína e 225 quilos de skunk.

Entre os crimes apurados estão a lavagem e ocultação de bens, organização criminosa e tráfico internacional de drogas com associação ao tráfico. As penas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.