Mundo Corporativo
Por Altevir Baron - baronaltevir@gmail.com
Altevir Baron é diretor de vendas, com trajetória marcada por liderança, ética e resultados no mercado imobiliário de alto padrão. Apaixonado por comportamento humano e cultura organizacional, escreve semanalmente sobre os bastidores do mundo corporativo. Suas reflexões unem experiência prática, pensamento crítico e olhar humano sobre empresas e pessoas Instagram: @abaronoficia | LinkedIN: altevirbaron
Histórias que valem mais que números
Você trabalha com vendas? Então é hora de refletir sobre o verdadeiro horizonte da sua atividade: o longo prazo. Vender não é apenas fechar um contrato hoje, mas construir um elo que resista ao tempo. Em um mundo cada vez mais imediatista, onde métricas de curtíssimo prazo dominam relatórios, é preciso lembrar que relações comerciais sólidas não se medem em cliques ou curtidas. Elas se constroem na confiança.
O cliente de hoje pode não comprar de imediato, mas se sentir segurança, transparência e respeito, volta amanhã para fechar o negócio. Já aquele que se sente enganado ou apenas usado como número dificilmente dará uma segunda chance.
Construir uma reputação exige consistência. Cada ligação, cada reunião, cada mensagem é um passo importante na construção. Promessas devem ser cumpridas. Compromissos, honrados. Pequenos gestos, como uma resposta atenciosa a uma mensagem que você tenha recebido, criam marcas invisíveis de credibilidade.
Num mercado de imóveis, por exemplo, não se vende apenas um imóvel ou um bem de alto valor. Vende-se estilo de vida, confiança, status. Mas acima de tudo, vende-se tranquilidade. O comprador quer saber que não está sozinho, que terá suporte antes, durante e depois da transação. E essa sensação só nasce em relações cuidadas ao longo do tempo.
Relações de longo prazo também transformam o vendedor em referência. Quando surge uma necessidade, o cliente pensa primeiro naquele profissional que lhe inspirou segurança. É aí que nasce a fidelização: não por insistência, mas por lembrança positiva. Eis a força do relacionamento.
Claro, exige paciência. Exige abrir mão, às vezes, da venda imediata para plantar algo maior. Exige aceitar que confiança não se compra, conquista-se. E que, no fim, ela é o maior patrimônio que um vendedor pode carregar.
A venda do amanhã começa na forma como tratamos as pessoas hoje. Se você quer longevidade, não pense em comissão, pense em criar caminho, gerar histórico, criar vínculos reais e humanos. Afinal, negócios são números; mas relações são histórias e vêm antes dos números. E são essas histórias que sustentam o mercado de verdade e mantêm profissionais de sucesso em pé. Pense nisso, melhore sempre!
