A família de uma criança com nível dois de autismo registrou um boletim de ocorrência na delegacia alegando que a pequena, de cinco anos, foi agredida pela diretora da escolinha. A creche particular fica no bairro Cidade Nova, trabalha em convênio com a prefeitura de Itajaí e a criança ocupa uma vaga paga pelo município.
Segundo a mãe, a menina tinha sido agredida pela diretora durante uma crise. “Por mais de uma vez minha filha apareceu em casa com marcas roxas de pegadas em seu braço, como se alguém a tivesse segurado”, relatou a mãe no BO. Ela alega que a professora da escolinha confirmou que a criança foi agredida pela diretora.
A mãe apresentou o BO na Secretaria Municipal de Educação pedindo providências. “Mas a secretária de Educação só faltou rir da minha cara, cheguei a chorar de raiva lá. Mesmo indo com ...
Segundo a mãe, a menina tinha sido agredida pela diretora durante uma crise. “Por mais de uma vez minha filha apareceu em casa com marcas roxas de pegadas em seu braço, como se alguém a tivesse segurado”, relatou a mãe no BO. Ela alega que a professora da escolinha confirmou que a criança foi agredida pela diretora.
A mãe apresentou o BO na Secretaria Municipal de Educação pedindo providências. “Mas a secretária de Educação só faltou rir da minha cara, cheguei a chorar de raiva lá. Mesmo indo com o BO e depois do exame do IML comprovando que é agressão. Minha filha tá com hematomas nos braços, rosto, e costas”, relatou.
O Departamento de Educação Infantil de Itajaí confirma que recebeu a denúncia, mas garante que providências foram tomadas. “Já solicitamos as imagens para a responsável pela credenciada para apurar o que de fato aconteceu. A unidade nega qualquer tipo de agressão à criança, no entanto, ela já foi transferida para outro centro de educação infantil do município”, informou, em nota, a secretaria de Educação.
Após receber as imagens, a Secretaria de Educação diz que fará um relatório e vai analisar quais medidas deverão ser adotadas, caso seja procedente a denúncia.
Diretora nega agressão
O DIARINHO fez contato com a diretora da creche, que negou a agressão. Ela garantiu que a aluna estava matriculada na creche desde o ano passado e nunca houve qualquer problema. A diretora explicou que a menina sofre com crises de agressividade e acaba se machucando sozinha.
“A gente tenta sempre amenizar para ela não se machucar. No dia que ocorreu, eu estava passando pelo parque, deu uma crise e a professora auxiliar estava com o braço machucado. Eu fui ajudar a segurar e acabou escapando da minha mão. Automaticamente deve ter arranhado o braço com a minha unha. A professora explicou isso para a mãe”, conta a diretora.
Ela diz ainda que a criança tem comportamento agressivo e inclusive a direção já recebeu reclamações de pais e até de professores. “Infelizmente a mãe disse que ela foi agredida, mas jamais. Ela não foi agredida! Temos outras crianças autistas e jamais agrediríamos. Infelizmente no momento de segurá-la, na crise, ela escapou da minha mão e minha unha arranhou o bracinho. Minha consciência está tranquila, a gente trabalha com amor às crianças”, narra a diretora.
Ela ainda explica que tem testemunho das funcionárias que viram a cena e também de professores que acabaram saindo da escola por não suportar as crises da criança. “Em crise ela morde, se arranha, se machuca e tudo isso foi passado para a mãe. A mãe também informava que ela fazia isso em casa”, relata. O fato teria sido informado à secretaria logo após o ocorrido.
A menina foi transferida para outra escola e, segundo a diretora, lá o pessoal também estaria surpreso com a intensidade das crises da criança.