Brasília
Suplente de vereador de Itajaí está entre os presos por atos terroristas no DF
Fabiano da Silva foi candidato em 2020 pelo PSL
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O suplente de vereador de Itajaí, Fabiano da Silva (UB), está entre os políticos presos pelos ataques terroristas em Brasília (DF), do dia 8 de janeiro. Fabiano concorreu às eleições em 2020 pelo PSL, partido do então presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele conquistou 215 votos. No ano passado, o PSL se fundiu ao Democratas, formando o União Brasil.
Fabiano é natural de Joinville e está numa lista de 15 políticos detidos em Brasília pelos atos nas sedes dos três poderes. Nas redes sociais, o suplente tinha mensagens de apoio a Bolsonaro. A última publicação, na véspera dos ataques, convocava os seguidores para ir “rumo a Brasília”.
Além de Fabiano, Santa Catarina tem outra figura política entre os presos em Brasília, a vereadora Odete Correa de Oliveira Paliano, conhecida como Odete Enfermeira (PL), da cidade de Bom Jesus, no oeste catarinense. Nas últimas eleições, ela concorreu a deputada estadual, com apoio de Jorginho Mello (PL) na campanha.
Outro ex-candidato do estado preso é Oziel Santos (Patriotas), de Jaraguá do Sul. Ele concorreu a deputado estadual em 2022 e já foi candidato a vereador por Jaraguá. Oziel foi pra Brasília em um ônibus que saiu da cidade no dia 6 de janeiro. No início da tarde do dia 8, pouco antes da invasão ao Congresso, ele postou um vídeo sobre as manifestações. “Fizemos um juramento. Vamos lutar pelo Brasil”, escreveu.
De Balneário Camboriú, o ex-candidato a vereador Ivan Ferrari também foi detido. Ivan disputou as eleições em 2016, pelo PR. Quando os presos ainda estavam no ginásio da Polícia Federal, ele gravou vídeos falando das condições do local. Nas redes sociais, ele mantinha vídeos convocando as pessoas para os atos em Brasília.
PGR denuncia 39 pessoas e pede bloqueio de R$ 40 milhões
Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pacote de denúncias contra 39 pessoas envolvidas nos atos de depredação e vandalismo contra prédios públicos da Capital Federal.
Os denunciados devem responder pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Combinados com outras acusações, o grupo pode ter as penas agravadas.
As denúncias foram feitas pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos. Ele pediu a prisão preventiva dos envolvidos nos ataques e o bloqueio de bens dos denunciados no valor de R$ 40 milhões para reparar os danos. A PGR pede, ainda, que o STF tome medidas pra evitar que os acusados deixem o país sem prévia autorização.