Ataques em Brasília

Empresário é suspeito de ser financiador de atos golpistas

Homem tem 39 armas no seu nome e convocou manifestantes para ato

 Investigado é dono da Otto Caça e Pesca, uma empresa do setor varejista de caça, pesca, camping, cutelaria e armamento (Foto: Reprodução)
Investigado é dono da Otto Caça e Pesca, uma empresa do setor varejista de caça, pesca, camping, cutelaria e armamento (Foto: Reprodução)

O empresário Otto Guilherme Vieira, instrutor de arma e dono de um clube de caça de Blumenau, foi apontado como um dos principais suspeitos de financiar os ataques que ocorreram em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro. Investigado pela Polícia Federal, Otto foi citado pelo programa Fantástico, da TV Globo, como um os principais alvos do inquérito que tenta identificar os financiadores dos ataques.

São cerca de 60 pessoas de 10 estados ligadas à contratação de ônibus que levaram tropas de bolsonaristas pra Capital Federal. Em vídeo divulgado pelo Fantástico, o empresário de Blumenau aparece convocando manifestantes pra Brasília. A gravação foi feita em frente ao 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau.

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“Estamos solicitando aí pro pessoal que tem intenção de sair hoje pra Brasília... Pode sair mais um ônibus hoje, ou até dois, dependendo do contingente. Por favor, preciso do nome completo, CPF e telefone. [Para] a pessoa que tem interesse, vão sair mais dois ônibus daqui de Blumenau”, diz no vídeo.

Otto é cadastrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e, conforme a reportagem, tem pelo menos 39 armas relacionadas ao nome dele. No canal do YouTube da empresa, onde Otto consta como proprietário-fundador, o empresário fala sobre modelos e marcas de armas. Também há vídeos sobre como comprar armas no Brasil.

A empresa Otto Caça e Pesca foi inaugurada em 2008, conforme descrição no site. Nesta segunda-feira, os perfis da empresa no Instagram e no Facebook apareciam fora do ar. Os vídeos no YouTube seguiam disponíveis.

Além de Otto, outro empresário catarinense suspeito de integrar os financiadores dos ataques é Amir Roberto El Dine, de Porto União. O nome dele consta em lista da Advocacia-Geral da União (AGU) com as pessoas que teriam contratado o transporte de manifestantes para Brasília. Amir também é cadastrado como CAC e tem vídeos nas redes de apoio a Jair Bolsonaro e de críticas ao PT e ao ministro Alexandre de Moraes.

A AGU pediu o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas da lista. O valor leva em conta os prejuízos estimados de R$ 3,5 milhões na depredação do Senado e outros R$ 3 milhões dos estragos na Câmara dos Deputados. Ainda não foram incluídos os danos nos prédios do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mais de 80 catarinenses presos por ataques

O número de catarinenses presos em Brasília (DF) após os atos terroristas nas sedes dos três poderes e o desmonte do acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército já chega a 84 pessoas, conforme levantamento preliminar do estado, que presta apoio aos detidos. Inicialmente, eram 19 presos de Santa Catarina. O número passou pra 40 e agora mais que dobrou.



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