MEIO AMBIENTE
Barco que naufragou precisa evitar vazamento
Atuneiro afundou em Floripa; poluição está sendo contida por empresas contratadas
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

A Capitania dos Portos de Santa Catarina notificou a empresa dona do pesqueiro Ferreira 28, que naufragou em Florianópolis no último dia 22, para que tome medidas para evitar a contaminação do oceano com combustível. No naufrágio um pescador perdeu a vida.
O barco, de 25 metros de comprimento e da empresa Femepe, de Itajaí, estava com 20 tripulantes a bordo quando afundou próximo à praia do Pântano do Sul, no sul da capital catarinense.
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A embarcação, especializada na captura de atum, segue no fundo do mar. “A Capitania dos Portos notificou o armador para que tomasse as providências a fim de evitar possíveis danos ambientais e para que fizesse as diligências necessárias visando ao salvamento do barco pesqueiro naufragado, uma vez que, por força de lei, cabe ao armador tal responsabilidade”, informou, em nota, a Marinha do Brasil.
Após a notificação, a Femepe contratou as empresas Sulmar Serviços Subaquáticos e Ambipar Response Dracares Apoio Marítimo e Portuário para fazerem ações de contingência e salvamento da embarcação, com a instalação de barreiras de contenção no local do naufrágio e o procedimento para selar o tanque de combustível e evitar vazamentos.
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Ainda não há data para retirada do atuneiro do fundo do mar. A Marinha também informou que segue monitorando o local do acidente com inspeções diárias. Já as causas do naufrágio ainda são desconhecidas e estão sendo apuradas em um inquérito administrativo com prazo de 90 dias para ser finalizado. O atuneiro estava regularizado e cadastrado junto à Marinha do Brasil
Tragédia com morte de pescador
O naufrágio do Ferreira 28, que tinha 20 tripulantes a bordo, terminou com a morte do mestre do barco, João Carlos dos Santos Leal, de 52 anos. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, no dia da tragédia, João se afagou e apesar de todo o esforço dos socorristas ele acabou morrendo na areia da praia. A morte do pescador está sendo investigada pela Polícia Civil. O laudo da Polícia Científica deve ajudar no esclarecimento do caso.