Complexo Madre Teresa abre primeiras alas em janeiro
Unidade de tratamento de câncer e ambulatório serão transferidos para novo prédio do hospital Marieta no próximo mês
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Abertura dos demais andares vai depender de negociação pra garantir custeio (foto: João Batista)
O hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, vai colocar o novo prédio do Complexo Madre Teresa em funcionamento no ano que vem, com a abertura das duas primeiras alas em janeiro. Até meados de 2023, o plano é conseguir ativar os demais andares, a depender de recursos para custeio e manutenção da estrutura. Com o novo prédio, o hospital passará a contar com 624 leitos, tornando-se o maior do estado.
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O cronograma de reabertura gradativa do complexo foi anunciado em reunião com a imprensa na manhã desta quinta-feira, quando a direção do hospital também mostrou alguns setores que vão ...
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O cronograma de reabertura gradativa do complexo foi anunciado em reunião com a imprensa na manhã desta quinta-feira, quando a direção do hospital também mostrou alguns setores que vão funcionar no novo prédio. Foi a primeira vez que a imprensa pôde entrar no local. O complexo, iniciado há 10 anos, está com a estrutura física concluída e mais de 90% do mobiliário e equipamentos instalados. Cerca de R$ 135 milhões foram investidos.
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De acordo com a diretora-geral do hospital Marieta, irmã Simone Santana, a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), que atende pacientes com câncer, e o setor ambulatorial serão as duas alas a serem abertas até o final de janeiro. Os dois setores já existem no hospital e serão transferidos para o novo prédio, sendo abrigados em áreas maiores e mais bem equipadas.
Simone destacou que o hospital obteve autorização pra abrir o complexo “em partes”, explicando que o funcionamento pleno ainda vai depender de garantia de custeio. Já a transferência dos dois setores, conforme a diretora, não demanda um grande investimento em pessoal, pois os mesmos funcionários vão atuar nas alas. A Unacon ficará no 3º andar e o ambulatório no 2º.
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“Estamos cientes que, nessa transferência, vai aumentar um pouco a demanda. Talvez a gente tenha que contratar mais alguém, mas nós não vamos partir do zero. Então, vamos dar esse passo pra beneficiar a população”, destaca. Após a mudança dos dois setores, o próximo passo será pela abertura do Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), no 1º andar, e do pronto-socorro, no piso térreo. Depois, o projeto é ativar os leitos de internação até meados de 2023.
Novo complexo demanda custeio mensal de R$ 15 milhões
A estimativa de custeio mensal do novo complexo gira em torno de R$ 15 milhões mensais, no mesmo patamar das despesas atuais do hospital Marieta.
Esses recursos precisam estar garantidos pra que o prédio do Madre Teresa, com setores em 15 pavimentos, possa bancar novas contratações e atender plenamente.
“Para o restante do prédio, nós estamos entrando em entendimento com o governo do estado e com o município pra compor esse aporte de custeio. Porque a obra está pronta, os equipamentos estão aqui. O prédio realmente precisa atender a população e esse é o nosso desejo, mas é importante abri-lo e mantê-lo, e, talvez, essa seja a parte mais cara”, avalia a irmã Simone.
Mudanças devem melhorar o atendimento
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Nova direção apresentou estrutura, que fará do hospital o maior de SC
O Complexo Madre Teresa está equipado. O DIARINHO visitou o Centro Obstétrico, o Centro de UTI Geral Adulto, com 20 leitos, e o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI). Os setores estão com os leitos instalados e aparelhos para exames de tomografia, mamografia e de raio-x disponíveis. O prédio ainda contará com centro cirúrgico com 12 salas, 10 UTIs neonatal e 241 leitos de internação.
A abertura com a unidade oncológica e o ambulatório leva em conta a defasagem dos setores na atual estrutura do hospital Marieta pra atender a demanda. A irmã Simone lembra que a Unacon nasceu numa estrutura adaptada, onde era uma casa, e que o novo local foi planejado como unidade especializada.
“Ela tem um espaço maior, um maior número de consultórios, todos num piso só e climatizado. É um ambiente muito mais confortável”, ressalta. O novo ambulatório também será mais amplo, com salas pra atender a demanda por diversas especialidades e condições pra evitar que os usuários esperem em pé.
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Só com a mudança das duas novas alas, a direção destaca que haverá uma melhora importante no atendimento. Durante a visita da imprensa, a irmã Simone comentou a necessidade de aproximação do hospital com os veículos de comunicação e da comunidade, a fim de reverter a imagem negativa da instituição devido a denúncias, problemas de atendimento e falta de esclarecimentos.
A direção confirmou os problemas financeiros do hospital, que atende 93% pelo SUS e enfrenta um rombo mensal nas contas. Por meio da Associação Madre Teresa, grupo de voluntários que reúne empresários da região, o hospital tem conseguido melhorias na infraestrutura. Entre os projetos está a Casa de Acolhimento, que desde 2021 recebe pacientes que vêm pra Itajaí fazer tratamento de câncer no Marieta.
Preparação para a temporada de verão
O hospital Marieta ainda não vai contar com o novo pronto-socorro para a temporada de verão. Para atender a demanda, que aumenta em cerca de 30% no período, a direção informa que o hospital passou por algumas reestruturações nas equipes de pronto-socorro, regulação e enfermagem, além de melhorias nos processos internos, que já refletiram na qualificação do atendimento.
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A irmã Simone destacou que a equipe do helicóptero Arcanjo, que atende o socorro aéreo na região, se prontificou a treinar os profissionais do hospital. A capacitação é dentro do planejamento que prevê o recebimento de pacientes entregues pela aeronave no heliporto do complexo Madre Teresa.
Na temporada, o hospital terá ainda mais irmãs trabalhando, reforço encaminhado pela congregação da Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. “Nós estamos nos preparando para esse momento. Seria melhor se a gente já conseguisse viver essa temporada no pronto-socorro novo, mas infelizmente não foi possível até por questões burocráticas”, disse a irmã Simone.
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