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Encontro cultural celebrará comunidade haitiana de Itajaí

Evento será de 16 a 19 de novembro no centro de artes do bairro São Vicente

Encontro acontecerá de quarta a sábado no CEU do bairro São Vicente
Encontro acontecerá de quarta a sábado no CEU do bairro São Vicente

Lançar um olhar para a comunidade haitiana dos bairros São Vicente e Cidade Nova. Com esse objetivo nasceu a 1ª Mostra Haiti de Cultura – Itajaí 2022, que acontecerá de 16 a 19 de novembro em Itajaí. Música, artes visuais, dança, gastronomia e o comportamento dos haitianos serão o foco da mostra.

Os primeiros imigrantes haitianos chegaram em Itajaí em 2012. Nessa primeira década de migração, cerca de quatro mil haitianos se mudaram para os  municípios de Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú, Itapema e Blumenau.

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A mostra foi idealizada pela produtora cultural Andréa Müller, do Espaço Cultural Beija-Flor Cobra Criada, e toda a programação será realizada no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na rua Érico Veríssimo, no São Vicente, atrás da escola estadual Elfrida Cristino da Silva.

O local foi escolhido porque os bairros São Vicente e Cidade Nova concentram grande parte da comunidade haitiana de Itajaí. “Viabilizando assim a criação de novos fluxos de distribuição dos bens culturais, levando arte e cultura para populações cujo extrato social é menos favorecido e o acesso a esses bens é mais restrito”, explica Andréa.

Nos dois primeiros dias da mostra, acontecerão palestra e mesa redonda sobre diversos temas envolvendo os haitianos.  Já no sábado, dia de encerramento da mostra, haverá música, gastronomia, venda de artesanato e oficinas.

A venda de artesanato, produzido na paróquia São Vicente de Paulo, pelo Coletivo Haiti Feminino, acontecerá no sábado das 17h às 20h. Já das 17h às 23h, haverá venda de alimentos e bebidas, como a Barraca Bom Pastel e a Barraca Espetinho da Gil.

A Secretaria de Assistência Social de Itajaí fará uma ação para inclusão de haitianos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) de quarta a sexta-feira. O CadÚnico é um instrumento de identificação e caracterização socioeconômica de famílias de baixa renda, para a seleção e integração de beneficiários em programas sociais do governo. O cadastramento rola sempre das 15h às 19h.

 

PROGRAMAÇÃO

16 de novembro

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Abertura, com a Exposição – Envizib, a partir das 19h

Reúne trabalhos de artistas haitianos residentes e não residentes no Brasil. Aborda o cotidiano do país, revelando a vida de uma sociedade rural e sua relação com a natureza e com o sagrado. Curadoria do artista visual haitiano Elie Alceo. Reside no Brasil desde 2016. Trabalha na Eletrosul – Florianópolis. Natural de Petit Goâve, iniciou a vida artística em 1998, com o pai, na escola profissionalizante Ezekiel Almada, no Haiti.

 

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Palestra 

Cultura e resistência:  o que temos a aprender com os haitianos, a partir das 20h

Com José Bento Rosa da Silva. Professor do Programa de Pós-Graduação de História, Mestrado e Doutorado, da Universidade Federal de Pernambuco, com ênfase em História da África. Membro e fundador do Núcleo Afro Manoel Martins dos Passos, da Foz do Itajaí.

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Coquetel 

Fritay da Fedelene, a partir das 21h

O Fritay é um prato típico e muito popular no Haiti. No seu preparo estão a banana verde frita, a carne vermelha ou branca e o pikliz, salada condimentada. Após a palestra será oferecida uma degustação. Prato preparado pela haitiana Fedelene Joseph. Natural da Petite Riviere de l'Artibonite. Reside no Brasil desde 2019.  Trabalha na área da Saúde, no Serviço de Limpeza, em Balneário Camboriú.

 

 

17 de novembro

Mesa de Debate

Das políticas públicas e documentação ao abandono: a importância das redes de solidariedade e da cultura na manutenção dos haitianos no Brasil, a partir das 19h

Debatedores:

Dalila Pedrini: Assistente Social, Mestre e Doutora em Serviço Social. Área de concentração: “Políticas Sociais e Movimentos Sociais”, pela PUC/SP. Assessora do Programa Nacional de Políticas Públicas da Cáritas Brasileira e vice-Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, gestão 2004-2006.

Angelo Ricardo Christoffoli: Atua no Grupo de Pesquisa e Estudos Paidéia, do curso de graduação em Direito da UNIVALI. Pesquisador de Antropologia Jurídica, Quilombolas e Haitianos na Região da AMFRI. Autor e organizador do e-book Imigrante Haitiano na Região da Amfri: Aspectos Socioeconômicos, Indicadores de Vulnerabilidade Social e Políticas Públicas.

Joam Florisma: Natural de Plaisance, Haiti. É formado em Gestão Administrativa. Reside no Brasil desde 2015. Trabalha como Jardineiro e em Serviço Social, na Universidade Estácio de Sá, em São José.

Venord Jean: Natural de Thiotte, no sudeste do Haiti. Tem ensino médio completo. Reside no Brasil desde 2012. Trabalha na construção civil.

 

Lançamento de livro

Petit Haïti – Haitianos em Itapema, a partir das 20h

De Günter Bayert Padilha. Doutorando em Teologia nas Faculdades EST. Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Ciências Sociais, com habilitação em Antropologia, pela Universidade Federal de Roraima. Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

 

18 de novembro

Mesa de Debate

Os desafios de aprender a língua portuguesa e preservar a língua materna para seus descendentes - uma proposta de política pública para migrantes, a partir das 20h

Debatedores:

João Edson Fagundes: Fundador da ASHAN, Associação dos Haitianos de Navegantes, atuando como Diretor Executivo. Coordena o curso de língua portuguesa para haitianos. É o principal interlocutor da comunidade com a administração pública e com os representantes da embaixada do Haiti no Brasil.

Janete de Fátima Vargas: Graduada em Serviço Social pela FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau, com especialização em atendimento de crianças e adolescentes, pela Fundação Fritz Müller. Foi tutora do curso de Serviço Social na Uniasselvi, de 2013 a 2015. Atua como voluntária na Pastoral do Migrante, desde 2015. É responsável técnica pelos programas habitacionais, na Diretoria de Habitação.

Jemps Lucien: Natural de Porto Príncipe. Iniciou curso de graduação em Direito no Haiti. Reside no Brasil desde 2011. Trabalha como Soldador na construção naval e como bombeiro comunitário, no quartel Militar de Navegantes.

 

19 de novembro

Apresentação do evento, em Português e Crioulo, a partir das 17h.

Lanac Adrien: Natural de Cap-Haitien. Iniciou curso de graduação em Administração e Governança Local, na Universidade Pública do Norte – Haiti. Reside no Brasil desde 2018. É professor de Informática, Francês e Português e administra os empreendimentos Carme-La Hair Design e Digi Company, atividades no ramo de moda e turismo.

 

Oficina

Musicalização – Ritmos do Haiti, a partir das 17h

A oficina abordará os aspectos rítmicos dos gêneros Twoubadou e Compás e suas afinidades com a música brasileira.  Com Samuel Aubourg, pianista, tecladista e organista. Natural de Porto Príncipe. Reside no Brasil desde 2016. É o primeiro haitiano a se formar no Conservatório de Música Popular Carlinhos Niehues, a ministrar aulas no Programa Arte nos Bairros e, também, o primeiro haitiano a ingressar no curso de Licenciatura em Música na Univali – Campus Itajaí.

Inscrições pelo link: https://forms.gle/pXh18fewRZTh9Wxx6

 

Stand Bistek, das 17h às 20h

A rede de supermercados estará no local, cadastrando interessados em trabalhar no Grupo Bistek.

 

Instituto Itajaí Sustentável – INIS, das 17h às 20h

O Viveiro Municipal de Mudas Nativas participará do evento, com um Stand de doação de mudas de plantas.

 

DJ Com Angly Cidelus, das 17h às 18h e das 20h às 21h

Natural de Porto Príncipe, reside no Brasil desde 2019. Trabalha como Conferente, em supermercado. Nos finais de semana é DJ e se apresenta em festas da comunidade haitiana. Sua pegada musical contempla Hip Hop, Rap, Carnival Haitiano, Compás e Roboday.

 

Dejsta Fenomenal, a partir das 18h

Artista convidado da Guiné Bissau, Dejsta apresenta um estilo musical que trafega entre o Reggae, o Afrobeat e o Rap. Suas letras abordam experiências de vida e convivência social. Formado na UNIVALI, é o primeiro aluno da Guiné Bissau a concluir o curso de Audiovisual. Reside no Brasil desde 2019. Trabalha no setor de Arte e Cultura da UNIVALI.

 

Oficina

Trançado e Resistência, a partir das 19h

Abordará os fazeres tradicionais das mulheres haitianas, herdados das práticas ancestrais africanas, como símbolo de liberdade e resistência. Com Davidson Suce. Natural de Maïssade. Reside no Brasil desde 2014, onde é proprietário do Salão D&S Barbearia e Tranças, no bairro Cidade Nova, em Itajaí.

 

Show

Banda Sons do Haiti, a partir das 21h

Apresenta um repertório de Twoubadou e Compás, gêneros populares da música haitiana. O Twoubadou surgiu no início do século XX, durante o deslocamento de trabalhadores haitianos para Cuba, no período do corte da cana-de-açúcar. Combina a música derivada das tradições Guajira de Cuba com um estilo musical haitiano chamado Merengue. A palavra Twoubadou significa trovador. As letras geralmente evocam amargura e humores do amor, com letras muitas vezes ousadas ou sugestivas. O Compás é um gênero musical criado em meados do século XX por Nemours Jean-Baptiste, um artista de jazz haitiano que foi inspirado pelos estilos musicais da República Dominicana. Jean-Baptiste incorporou sons e ritmos haitianos tradicionais num estilo musical animado e adicionou instrumentos de sopro.



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