Santa Catarina
Chefe da PRF abandona entrevista coletiva sem responder perguntas de jornalistas
Superintendente vem sendo criticado por não tomar ações efetivas para desbloquear rodovias em SC
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, inspetor André Saul do Nascimento, deixou a entrevista coletiva de imprensa após a primeira reunião do Gabinete de Crise nesta terça-feira sem responder as perguntas de jornalistas.
Representando a PRF, André chegou a falar do trabalho da corporação na reunião, garantindo que os patrulheiros estão agindo pra liberar as rodovias. Na hora da entrevista coletiva, porém, o chefe da PRF se levantou e foi embora, sem atender a imprensa.
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Criado pelo governo do estado pra discutir medidas contra os bloqueios de estradas em Santa Catarina, o Gabinete de Crise é formado por órgãos e entidades estaduais. Órgãos federais como a PRF, o Ministério Público Federal (MPF) e Advocacia Geral da União (AGU) foram convidados a integrar o grupo.
Desde segunda-feira, a PRF vem sendo criticada por não intervir contra os bloqueios em Santa Catarina, permitindo o avanço de pontos que impedem a circulação de pessoas e veículos pelas rodovias federais.
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Na manhã desta terça-feira, o chefe de comunicação social da PRF (SC) restringiu as mensagens no grupo de imprensa da corporação apenas para administradores. A medida ocorreu após jornalistas perguntarem se os responsáveis pelos bloqueios estavam sendo multados pelas infrações de trânsito cometidas.
Oficialmente, a PRF diz estar trabalhando e negociando “incansavelmente” para a liberação do fluxo nas rodovias federais em Santa Catarina. Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determina a liberações das BRs por pessoas e veículos, prevendo multa de R$ 10 mil por dia para cada réu, líder ou simpatizante.
Até às 15h desta terça-feira, a PRF informava 41 pontos de bloqueio e um ponto de concentração nas rodovias federais catarinenses. O saldo era de 10 pontos a menos que a segunda-feira, quando 51 interdições chegaram a ser registradas.
A PRF havia divulgado que 16 trechos tinham sido liberados, mas em alguns pontos os manifestantes voltaram a trancar o trânsito após a ação dos patrulheiros.