Trânsito estrangulado
Acostamento será “terceira faixa” na BR 101 em Itajaí e BC
Medida autorizada pela PRF vai começar a valer em outubro e serve para aliviar o fluxo. Permissão só vale durante o dia
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Portaria da superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) autorizou o tráfego de veículos em três trechos de acostamento da BR 101, em Itajaí, Balneário Camboriú e São José. A liberação valerá a partir de outubro.
O uso do acostamento será permitido das 6h às 23h, nos trechos que serão sinalizados. Em Itajaí, a liberação envolve 1,5 km de acostamento na pista sentido sul, no trecho do km 119,1 ao 120,6, no bairro São Roque, para reduzir a lentidão até o acesso para o bairro São Vicente.
Em Balneário Camboriú, serão 800 metros liberados no sentido norte, entre os km 136,6 e 137, para diminuir as filas dos carros que saem do bairro da Barra no sentido centro da cidade. Já em São José, 400 metros de acostamento no sentido sul (km 203) serão liberados, antecipando o início da 3ª faixa que já existe na região há 10 anos.
Conforme a portaria da PRF, a medida considera os problemas de mobilidade urbana enfrentados nas regiões da Grande Florianópolis, Balneário Camboriú e Itajaí, devido ao “elevado fluxo de veículos que transitam diariamente” nos trechos.
Os chefes das delegacias da PRF em São José e Itajaí ficarão responsáveis por acompanhar os resultados da novidade.
ENTENDA
A liberação valerá a partir do início de outubro
O uso do acostamento será permitido das 6h às 23h nos trechos sinalizados
Em Itajaí, a liberação é na pista sentido sul, no trecho do km 119,1 ao 120,6
Em Balneário Camboriú, o trecho liberado é entre os km 136,6 e 137
Em São José, 400 metros de acostamento no sentido sul (km 203) serão liberados
Prefeito de Penha cobra na Justiça medidas para destravar rodovia
A prefeitura de Penha ingressou com uma ação civil pública contra a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária da BR 101, Arteris Litoral Sul, cobrando agilidade na análise de projetos e execução de obras para destravar o trânsito da rodovia no trecho entre Penha e Balneário Camboriú.
A ação encaminhada pela procuradoria do município à Justiça Federal na quarta-feira pede, ainda, adoção de medidas emergenciais para reduzir o tempo médio, em horário de pico, de até 240 minutos (quatro horas), que os motoristas levam para percorrer os 37 km entre as duas cidades.
Conforme o prefeito Aquiles da Costa (MDB), o trecho está em “situação caótica em relação à mobilidade urbana de Penha e toda região metropolitana da Foz do Rio Itajaí-açu”. O problema, segundo ele, também resulta em perdas econômicas, considerando os turistas que mudam seus destinos diante da dificuldade para chegar aos principais pontos turísticos do estado.
“As melhorias geram um benefício social, em 10 anos, de mais de R$ 3,4 bilhões em valor econômico, com investimentos de R$ 537 milhões em obras no trecho”, afirma Aquiles. Na ação, a prefeitura pede que a ANTT analise e aprove, em 30 dias, os projetos apresentados pela Autopista. A implantação de uma terceira faixa entre Penha e Balneário Camboriú, usando o acostamento, também é solicitada.
Outro pedido é pela proibição do tráfego de caminhões e veículos pesados nos períodos de maior movimentação da BR 101, das 7h30 às 9h30 e das 17h às 20h, com fiscalização pela concessionária. “São medidas tecnicamente necessárias e urgentes para desafogar o trânsito e dar maior fluidez ao tráfego de veículos”, destaca o prefeito.
Novas pontes entre Itajaí e Navegantes vão aumentar a tarifa de pedágio
A concessionária tem projetos para duas pontes nas marginais da BR 101 sobre o rio Itajaí-açu, entre Itajaí e Navegantes. A obra prioritária é uma nova travessia no sentido norte, ligando a marginal com o acesso à BR 470, tirando o fluxo que hoje passa pela pista principal da 101. A proposta inclui também a construção de novas vias marginais e leva em conta adequações necessárias com a duplicação da 470.
Se autorizada, a execução das obras vai gerar aumento no pedágio para reequilíbrio financeiro do contrato, considerando que os investimentos não estão previstos na concessão.
Os projetos foram apresentados em maio à ANTT para análise. A Arteris ainda não se manifestou à sobre as melhorias requeridas pela prefeitura de Penha em ação judicial.